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Policiais coordenaram desocupação no bairro Guarituba, em Piraquara | Daniel Castellano / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Policiais coordenaram desocupação no bairro Guarituba, em Piraquara| Foto: Daniel Castellano / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Prisões

Durante a desocupação, duas pessoas foram presas. Segundo a Polícia Militar, um dos detidos foi Antônio de Jesus, conhecido como "Lulinha". Ele é um dos líderes entre os moradores que estavam no local e foi preso por desobediência, resistência, obstrução à Justiça e crime ambiental. Lulinha foi encaminhado para a unidade móvel do fórum da Comarca de Piraquara. A Força Verde autuou o homem com uma multa de R$ 45 mil em razão dos 8,3 hectares de área obstruídos.

Outro homem foi detido em um patrulhamento realizado nas proximidades do local invadido. Ele não teve a identidade divulgada e seria foragido da Justiça de Colombo.

A desocupação da área de proteção ambiental invadida no bairro Guarituba, em Piraquara, vai continuar nesta sexta-feira (3). Em razão da chuva que caiu na cidade durante a tarde desta quinta, as autoridades não devem conseguir finalizar a ação até o fim do dia. De acordo com o secretário de Meio Ambiente do município, Gilmar Clavisso, até o início da noite, cerca de 60% das famílias que ocupavam a área invadida já haviam deixado o local.

O trabalho de desocupação, coordenado pela Polícia Militar (PM), foi iniciado pela manhã. Cerca de mil policiais e 110 viaturas foram deslocados para o local. As autoridades cumpriram uma ordem de reintegração de posse determinada pela juíza Diocélia da Graça Mesquita Fávaro.

Segundo informações da Prefeitura, as famílias que deixaram o local estão voltando para residências antigas, casas de parentes ou então devem ficar provisoriamente na Escola Municipal Henrique de Souza, localizada no Guarituba.

Tratores ajudam a desmontar as casas na área invadida. A administração municipal disponibilizou caminhões e carros para transportar os pertences dos moradores e produtos recolhidos. O material é separado, ganha a identificação dos proprietários e é levado para a escola municipal. No entanto, alguns moradores reclamaram que alguns pertences, que ainda não haviam sido transferidos, foram perdidos por causa da chuva que atingiu o local ao longo do dia.

Destino incerto

A Prefeitura informou que as famílias que estavam no terreno do Guarituba serão cadastradas para serem encaminhadas a programas de habitação popular. No entanto, em curto prazo, ainda não se sabe para onde algumas pessoas serão levadas. Estima-se que cerca de 70 das 350 famílias que estavam no local não têm para onde ir.

"Temos um problema, pois eles realmente precisam de moradias, mas não existem terrenos ou casas prontas para receber essas pessoas. Município e governo terão de conversar para tentar resolver essa situação rapidamente", afirmou o secretário Gilmar Clavisso.

Alguns moradores planejavam fazer um protesto em frente à sede da prefeitura de Piraquara, mas a manifestação não havia ocorrido até as 18h.

Invasão

A invasão no Guarituba foi iniciada com cerca de 100 famílias no feriado de Nossa Senhora Aparecida, em outubro, e triplicou de tamanho em um mês. Cerca de 350 famílias viviam nos terrenos irregularmente ocupados.

A área invadida tem restrição para ocupação porque é uma zona de mananciais que concentra 70% da água potável consumida por Curitiba. A área também é considerada de preservação permanente e vários dos lotes são de propriedade privada.

A justiça já havia determinado a desocupação da área e aguardava o cumprimento da reintegração de posse.

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