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Risco de leptospirose

A Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba alerta para um perigo trazido com os alagamentos: a transmissão da leptospirose. A doença é transmitida por uma bactéria eliminada pela urina de rato. Com as chuvas, a disseminação da bactéria é intensificada.

As orientações em caso de inundações são andar somente calçado, não entrar em áreas alagadas e inutilizar os alimentos que tenham sido cobertos pela água. Os moradores das áreas sujeitas a alagamentos também devem limpar a casa e da caixa d’água com hipoclorito de sódio ou água sanitária depois de a água baixar.

Segundo a Secretaria, em 2010 foram notificados 619 casos da doença, dos quais 120 foram confirmados laboratorialmente. Desse total, 25 pessoas demoraram para procurar atendimento e acabaram morrendo.

Chuva alagou ruas e invadiu casas em Colombo

Forte chuva ocasionou desabamento em uma das principais ruas de Almirante Tamandaré

O telhado de duas casas foi afetado e pelo menos sete residências ficaram alagadas com as intensas chuvas ocorridas na quarta-feira (22), em Curitiba. Na região metropolitana, a tempestade também causou danos. Em Colombo, a água invadiu casas e famílias chegaram a perder tudo. Em Almirante Tamandaré, tubos se romperam e comprometeram o abastecimento de água em cinco bairros, segundo a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).

Em Curitiba, a Defesa Civil registrou nove ocorrências. No bairro Pinheirinho, parte do telhado de uma residência não resistiu à chuva e desabou. Uma casa do Campo Comprido foi destelhada e ficou com a cobertura comprometida. Os sete casos de alongamentos ocorreram nas regionais do Boa Vista e de Santa Felicidade.

No Sítio Cercado, o nível de um córrego subiu e a força das águas comprometeu a estrutura de uma ponte, na Rua Cel. Joaquim Antonio de Azevedo. De acordo com o supervisor da Guarda Municipal, José Augusto Grubba, a ponte precisou ser interditada no início da manhã desta quinta.

No bairro Pilarzinho, um muro foi afetado pelas chuvas e corre o risco de cair sobre residências, em uma área de ocupação irregular. "Um engenheiro foi enviado para avaliar as condições e providências. Representantes do setor de habitação da prefeitura também foram acionados para o caso de as famílias precisarem ser realocadas", disse Grubba.Região metropolitana

O telejornal ParanáTV, da RPC-TV, mostrou que Colombo foi uma das cidades mais afetadas pelo temporal. Casas chegaram a desabar e famílias que tiveram as residências alagadas contabilizavam prejuízo. A dona-de-casa Marli Veloso perdeu móveis e eletrodomésticos e não conseguiu nem salvar roupas e alimentos. "Que Natal a gente vai ter", lamentou, em entrevista ao ParanáTV.

A casa de Marco Rottermel não resistiu à pressão da água e desabou. "Perdemos tudo. O nosso sonho está aí", disse, apontando os escombros. Moradores chegaram a juntar os móveis danificados na rua e atear fogo, em forma de protesto.

De acordo com a Defesa Civil, em Colombo foram atendidas 445 famílias. Ao todo, cerca de 1780 pessoas foram afetadas pela chuva forte. A defesa Civil do município continua prestando assistência às família e ajudando na limpeza das casas.

Em Almirante Tamandaré, o abastecimento de água foi parcialmente interrompido em cinco bairros, depois que duas tubulações se romperam. De acordo com a Sanepar, os tubos foram afetados depois que o terreno onde eles estavam instalados se desestabilizou com as chuvas.

A cratera se abriu na rua Domingos Scucato, umas das principais da cidade. Os moradores da região puderão ouvir o barulho do desabamento, que ocorreu por voltas das 23 horas.

Os bairros onde pode faltar água são Cachoeira, Mato Dentro, Monte Santo, Parque São Jorge e Vila Prado. A previsão é de que abastecimento seja normalizado no fim da noite desta quinta-feira.Previsão

De acordo com o Instituto Simepar, a previsão para esta quinta-feira é de tempo chuvoso, entretanto, os meteorologistas apontam que as pancadas não devem ser tão intensas quanto a que ocorreu na quarta-feira. Na capital e região metropolitana, o tempo deve continuar quente e abafado, com temperaturas médias de 27º C.

O Simepar aponta que o nível de precipitação aferido até o dia 23 de dezembro na capital já superou a média prevista para todo o mês. Segundo o meteorologista Lizandro Jacobsen, já choveu em dezembro o equivalente a 300 milímetros, ante uma média de 250 milímetros.

"No dia 22, as precipitações chegaram a 46 milímetros. Com esta chuva, Curitiba ultrapassou as previsões para o mês", disse. "Chuvas como essas são típicas no verão, com pancadas rápidas e intensas, que acabam provocando estragos", explicou.

O ano de 2010 ainda não terminou, mas já é o mais chuvoso da década em Curitiba. Segundo o Simepar, até o dia 22 de dezembro a capital acumulou 1.744,2 milímetros de chuva ao longo do ano. A média histórica anual para a cidade varia entre 1.400 e 1.500 milímetros de precipitações. O recorde anterior da década havia sido registrado em 2009 com 1.668.2 milímetros.

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