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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

A chuva forte que caiu no fim da tarde de domingo (28) deixou diversas áreas de Curitiba e da Região Metropolitana (RMC) alagadas. Na capital, 30 mil residências ficaram sem energia elétrica; na RMC foram 25 mil, segundo a Companhia Paranaense de Energia (Copel).

No Parque São Lourenço, o Rio Belém – que está canalizado – transbordou, formando uma pequena cachoeira na barragem, que corria risco de estourar. A rua paralela ao parque, Professor Nilo Brandão, ficou alagada, prejudicando o trânsito no local. O estacionamento do Mercadorama na Rua Mateus Leme também foi tomado pela água. Os clientes que saíam do mercado com os carrinhos de compras tiveram de enfrentar a água para conseguir entrar no carro. Neuseli Skriba, moradora do Barreirinha que sempre faz compras no supermercado, ficou surpresa com a água na garagem. "Venho aqui diariamente e nunca tinha visto isso".

Michel Ouaknine, que mora em frente do Parque São Lourenço, afirma que é comum o lago do parque extravasar com a incidência de chuvas fortes. "O problema é que há pouca vazão para esse rio e, quando chove, não há o que agüente", explica.

Apesar das áreas alagadas estarem sujas, diversos adolescentes andavam de bicicleta nesses locais, sem se preocupar com os riscos existentes. Ainda no bairro, uma árvore caiu no meio-fio e estava sendo retirada com a ajuda do Corpo de Bombeiros.

Também na Rua Mateus Leme, próximo ao Parque São Lourenço, um bueiro não suportou o escoamento da água da chuva junto com a terra e acabou entupindo. "Já liguei para a prefeitura reclamando desse problema. Semana passada eles vieram fazer uma limpeza na boca-de-lobo e retiraram uma grande quantidade de lama, mas até agora não deu certo", diz o proprietário da Brothers Moto Point, Felipe Vinicius Costa.

Outros bairros

Toda a região Norte de Curitiba sentiu os efeitos das fortes pancadas de chuva. No Pilarzinho, a falta de energia prejudicou algumas rádios que ficaram fora do ar por pelo menos 30 minutos. Os bairros Bacacheri, Santa Felicidade, Abranches, Boa Vista e Barreirinha também tiveram pontos isolados com falta de energia. A Copel registrou 30 mil consumidores que ficaram sem luz alternadamente em Curitiba e outros 25 mil na região metropolitana, principalmente em Almirante Tamandaré, Piraquara, Rio Branco do Sul e Pinhais. A partir das 19 horas de domingo, as residências voltaram a ter o atendimento normalizado.

Somente na Avenida Anita Garibaldi, quatro semáforos ficaram temporariamente desligados pela falta de energia. Na região central, a Diretoria de Trânsito (Diretran) atendeu alguns semáforos desligados nas ruas Vicente Machado, Manoel Ribas e Comendador Araújo. Agentes da Diretran orientavam o tráfego de veículos.

Em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba, além das ruas alagadas, algumas casas ficaram destelhadas. Houve também a queda de duas árvores, sem vítimas. Segundo a Defesa Civil Estadual, dez famílias foram atendidas porque estavam desabrigadas. Elas foram encaminhadas para a casa de parentes e para os abrigos da prefeitura.

O Instituto Meteorológico Simepar registrou ventos moderados a fortes com mais de 60 quilômetros por hora. Segundo o meteorologista Marcelo Brauer, a previsão para esta segunda-feira (29) é de que as pancadas de chuva voltem a acontecer, principalmente no final da tarde. "Estamos em um período crítico. Depois das tardes de calor, a tendência é de que ocorram mais chuvas fortes", explica.

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