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Meteorologia

Vento chegou a 70 km/hora no domingo

De acordo com o Simepar, na noite de domingo os ventos superaram os 70 quilômetros por hora em alguma regiões do Paraná. "É um vento forte, capaz de derrubar árvores, placas e causar prejuízos", afirma o meteorologista Marcelo Brauer. Segundo ele, o volume de chuva medido pela estação que fica no bairro Jardim das Américas foi de aproximadamente 40 mm. "Fazia tempo que não tínhamos uma chuva tão bem distribuída em todas as regiões do estado como essa", afirma.

Brauer explica que para os próximos dias não há previsão de chuvas fortes. A aproximação de uma massa de ar frio derruba as temperaturas em todo o Paraná e diminui a nebulosidade na maioria das regiões. Há condições favoráveis à formação de geadas fracas no Centro-Sul e em parte do Sul do estado. Hoje o mar ainda deve ficar bastante agitado em toda costa do Sul do país. As temperaturas devem variar entre 11 e 14ºC na capital. (CV)

As chuvas e os ventos fortes que castigaram o Paraná entre a noite de domingo e a madrugada de segunda-feira provocaram tragédias no estado. Cinco pessoas morreram. Além disso, vários municípios tiveram casas destelhadas.

Na região de Ponta Grossa, quatro pessoas da mesma família morreram depois que uma árvore caiu sobre o carro em que elas estavam. Em Guarapuava, um raio atingiu uma mulher de 42 anos.

Na região metropolitana de Curitiba, as cidades mais atingidas foram as que ficam ao norte da capital. Os maiores estragos ocorreram em Colombo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, foram registradas 18 ocorrências na cidade, entre destelhamentos e quedas de árvores.

Em Almirante Tamandaré, quatro casas foram danificadas. O temporal provocou estragos ainda na área rural de Tibagi – 33 casas tiveram os telhados comprometidos pelo granizo. Em uma granja de perus, 800 aves morreram.

A ocorrência mais grave foi registrada na noite de domingo, quando a queda de um pínus sobre o carro onde estavam Marcos Aparecido Alves, 34 anos, Nilce Cristina do Nascimento, 34 anos, Flávia Nascimento Alves, 17 anos, e Reinaldo Alves Neto, 5 anos, causou a morte dos quatro. O acidente aconteceu na BR-376, a 20 quilômetros de Ponta Grossa. "Nunca vi nada como isso. É uma situação que independe da ação do motorista", relatou o soldado Júlio Adriano Philbert, da Polícia Rodoviária Estadual. De acordo com a concessionária que administra o trecho, outras duas árvores caíram em rodovias da região, mas sem atingir veículos.

Também no domingo, um raio caiu numa casa, na localidade de Faxinal dos Elias, em Guarapuava. Eva Gonsalves Damião, 42 anos, tomava chimarrão na cozinha. O raio atingiu a chaminé. Ela ficou inconsciente por vários minutos, chegou a receber atendimento, mas morreu antes de chegar ao hospital. O marido dela, Antônio Gonsalves da Luz, e Silmara Silveira Pinto, 18 anos, também estavam na casa e ficaram feridos, mas sem gravidade.

Na região de Guarapuava, 19 casas foram danificadas, duas delas por quedas de árvores. Em Carambeí, mais estragos: o bairro mais atingido foi o Jardim Brasília, com 21 casas destelhadas. Zélia Siqueira voltava de viagem quando soube que sua casa havia sido parcialmente destelhada.

Em Colombo a situação era a mesma. Durante a tarde de ontem, moradores ainda tentavam reparar os danos. A escola municipal João Batista Stocco teve o telhado de um dos blocos totalmente destruído. No local ficavam a biblioteca e o laboratório de informática, com cerca de 20 computadores. "Colocamos lonas, mudamos os equipamentos de sala e tentamos proteger os livros, mas parte deles acabou molhando", contou a diretora Sandra Carvalho Oliveira. As aulas, que estavam previstas para começar na próxima quinta-feira, tiveram de ser adiadas para segunda-feira.

A Igreja Nossa Senhora das Vitórias teve o telhado arrancado pelo vento forte. Todos os objetos de decoração do altar ficaram molhados. O sacrário (onde ficam as hóstias) foi quebrado.

A dona de casa Edinéia Domin-ciano da Silva abandonou a casa em que mora com o marido e mais quatro filhas no meio da tempestade. "As pedras furaram as telhas. Pegamos as crianças e saímos correndo para a casa da minha mãe", disse. Hoje, com o céu já limpo, a família voltou ao local. "Tivemos que comprar fiado as telhas novas. Quase R$100", afirmou. O vento foi tão forte que jogou para fora do casebre a máquina de lavar roupa da família. Nos fundos da casa vizinha, a rua se transformou em um lago com lixo. Um eucalipto tombou arrebentando a fiação elétrica. Até o meio da tarde o problema ainda não tinha sido resolvido.

Ao todo cerca de 55 mil unidades consumidoras ficaram sem energia elétrica nos municípios de Adrianópolis, Almirante Tamandaré, Pinhais, Tunas, Bocaiúva do Sul, Cerro Azul, Colombo, Guaraituba e Rio Branco do Sul. Até o fim da tarde de ontem, a Copel ainda tinha 70 das 110 ocorrências registradas a serem atendidas na RMC. Na capital, 15 mil unidades também tiveram o fornecimento cortado.

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