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Cheia do Rio Paranhana provocou destruição em Três Coroas, no RS | Camila Domingues/Correio do Povo
Cheia do Rio Paranhana provocou destruição em Três Coroas, no RS| Foto: Camila Domingues/Correio do Povo

Novas casas em Angra

Folhapress e Agência Estado

A prefeitura de Angra dos Reis (RJ) pretende começar em 60 dias a construção de 512 unidades residenciais no bairro de Monsuaba, na parte baixa da cidade, para abrigar os habitantes do morro da Carioca, onde uma avalanche de lama e pedras matou ao menos 21 pessoas na madrugada de 1.º de janeiro. As informações são da Agência Brasil. No total, 52 pessoas morreram em Angra durante os deslizamentos ocorridos na noite de réveillon.

Serão demolidas cerca de 800 casas no morro da Carioca. O trabalho de demolição foi interrompido ontem, mas os bombeiros prosseguem nas buscas por uma menina de 12 anos, assim como na praia do Bananal, em Ilha Grande, onde uma moradora local continua desaparecida.

"Daqui a 60 dias daremos início à construção de 480 unidades residenciais, do Programa Minha Casa Minha Vida. O município entrará com uma contrapartida, além do terreno, já doado para as obras", disse o prefeito Tuca Jordão.

Os outras 32 unidades vêm do Programa de Habitação de Interesse Social, direto do Orçamento Geral da União de 2009.

A forte chuva que caiu no início da tarde de ontem sobre o município gaúcho de Três Coroas, a 72 km de Porto Alegre, causou muita destruição e uma morte. Do meio dia às 13 horas choveu 200 milímetros, o equivalente a um mês de precipitação prevista nessa época.

A torrente transbordou os arroios que deságuam no Rio Paranhana, fazendo com que água e lama invadissem a cidade, destruindo casas e tomando o centro. No meio da tarde o sol voltou a aparecer, mas a expectativa era de que voltasse a chover à noite. De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Três Coroas, comandante do Corpo de Bombeiros Augusto Dreher, o temporal foi mais forte do que o ocorrido em 26 de setembro de 2009, quando 320 pessoas ficaram desabrigadas.

Ontem uma pessoa morreu. Iremar Paltes Batista, de 49 anos, caiu em um arroio quando tentava ajudar familiares a escaparem da enchente. Vinte casas acabaram parcialmente ou totalmente destruídas e cerca de 400 famílias foram atingidas.

Hoje, a prefeitura de Três Co­­roas e a Defesa Civil se reúnem pa­­ra avaliar os estragos. "Deve ser decretada situação de emergência", avaliou Dreher. Em Igrejinha, a 6 km de Três Coroas, a chuva também chegou forte. Em quatro horas choveu cerca de 100 milímetros, 58,6% de todo o volume de precipitação previsto para o mês de janeiro. As principais ruas da cidade foram alagadas e uma ponte no centro foi interditada devido a rupturas provocadas pela água. Duas crianças foram resgatadas com vida em meio ao barro.

A chuva também gerou congestionamento na RS-115. Entre os quilômetros 14 e 27 houve pontos de bloqueio de pista, interrompendo o trânsito por duas horas entre a cidade e a Serra Gaúcha.

Balanço

Segundo boletim da Defesa Civil divulgado ontem, 35 cidades gaúchas permanecem em estado de emergência. Conforme o balanço, 2.459 casas no estado foram danificadas pelas tempestades desde o início da semana – 125 estão destruídas. Os estragos causados pelos temporais afetaram direta e indiretamente 173 mil pessoas. Equipes de resgate permanecem no município de Agudo onde, na manhã da última terça-feira, uma ponte desabou, provocando a morte de três pessoas. As equipes ainda procuram dois desaparecidos.

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