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Moradores do Jardim Alice II, em Foz do Iguaçu, tiveram as casas alagadas na madrugada desta terça-feira | Marcos Labanca/ Agência de Notícias Gazeta do Povo
Moradores do Jardim Alice II, em Foz do Iguaçu, tiveram as casas alagadas na madrugada desta terça-feira| Foto: Marcos Labanca/ Agência de Notícias Gazeta do Povo

Quase 350 pessoas tiveram que deixar suas casas no Oeste do Paraná por causa das fortes chuvas que atingiram a região na madrugada e na manhã desta terça-feira (8). Segundo relatório divulgado às 14 horas pela Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, sete municípios foram afetados pelas tempestades: Foz do Iguaçu, Prudentópolis, Vitorino, Coronel Vivida, Vera Cruz do Oeste, Chopinzinho e Manfrinópolis.

O balanço aponta que 308 pessoas estão desalojadas (foram para casa de amigos ou parentes) e 25 estão desabrigadas (tiveram que sair de casa e ser encaminhadas para abrigos públicos). Até as 17h30 horas, a Defesa Civil havia contabilizado 227 residências e 17 edificações particulares danificadas. Também sofreram estragos 17 prédios públicos e um comunitário.

A cidade mais afetada é Foz do Iguaçu, que acumulou 70,6 milímetros de chuva, segundo o Instituto Tecnológico Simepar. Lá, 400 pessoas foram afetadas pelos temporais. No total, 100 casas foram danificadas, desalojando 200 pessoas e deixando 25 desabrigadas.

O guarda municipal Adir Ledesma dos Santos, que acompanha os chamados na cidade, relata que 160 das pessoas que foram desalojadas moram no bairro Jardim Primavera. O local, que tem cerca de 25 casas, é uma área de ocupação à beira do Rio Boicy. Os alagamentos no local, segundo ele, são recorrentes.

"Houve alguns casos de pessoas que ficaram ilhadas, houve necessidade de utilizar barcos para fazer o resgate. Este ponto recebe praticamente todo o escoamento superficial da cidade, fica na região central, os alagamentos são comuns na região e é muito difícil conseguir retirar os moradores dessa área de risco", descreve Santos.

Outras cidades

Em Vitorino, 100 pessoas foram afetadas e 20 residências sofreram danos. Também registraram estragos sete prédios particulares, um edifício comunitário e um prédio público. Pelo menos 60 pessoas estão desalojadas na cidade.

Em Prudentópolis, 36 casas tiveram danos materiais, desalojando 48 pessoas. Coronel Vivida também foi afetada pelas chuvas, mas a Defesa Civil local ainda faz o levantamento do número de pessoas atingidas pelas tempestades.

Em Chopinzinho, 50 casas foram danificadas e 250 pessoas acabaram afetadas diretamente pelas chuvas. Manfrinópolis registrou 100 pessoas afetadas e 20 residências danificadas. Em Vera Cruz do Oeste foram 70 afetados.

Sem luz

Na região de Cascavel, a Companhia de Paranaense de Energia Elétrica (Copel) começou a registrar interrupções no fornecimento desde as 18 horas desta segunda-feira (7). No total, 31 mil residências ficaram no escuro durante o período. Nesta manhã, 158 equipes da companhia trabalhavam e 3 mil casas ainda estavam sem energia - a maioria na área rural. Os municípios mais afetados foram, além de Cascavel, Laranjeiras do Sul e Quedas do Iguaçu.

Volume de chuva chama a atenção

O Simepar registrou 70,6 milímetros de chuva nesta terça-feira em Foz do Iguaçu. O acumulado de hoje e dos últimos sete dias fica a apenas 40 milímetros da média esperada para janeiro.

Em Santa Helena, também na região Oeste, 20,6 milímetros de chuva caíram em 15 minutos no início do dia. No total, 118 milímetros foram registrados no município. A Defesa Civil da cidade relata que está em alerta, mas até agora não houve necessidade de atendimento de desabrigados.

Em Toledo, a quantia mais expressiva de chuva foi registrada até o início desta tarde. O local teve um total de 121 milímetros de chuva.

A chuva se desloca para outras regiões do estado e já está também sobre o Sul do Paraná. "Alguns eventos de chuva devem chegar à Região Leste no final da manhã, muito desorganizados, muito isolados, com maior incidência durante a tarde", diz Sheila Paz, meteorologista do Simepar.

Tempestades

Na região de Curitiba, Litoral e Norte do estado, a tendência é que as chuvas tenham menor volume, mas que caiam com maior intensidade. Segundo Sheila, o aquecimento nessas regiões é mais alto e deve provocar tempestades durante todo o dia.

O vento deve se intensificar conforme a frente fria for avançando. "Dificilmente tenhamos tanta chuva nas outras regiões, mas talvez haja mais tempestades", alerta a meteorologista.

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