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Chuvas

De acordo com a Defesa Civil Estadual, o município mais afetado com as chuvas de terça-feira (23) foi União da Vitória, na região sul do estado, onde 70 pessoas que residem às margens do Rio Iguaçu ficaram desabrigadas em razão da elevação do nível das águas e estão em um ginásio de esportes da prefeitura. Até a manhã desta quinta-feira (24), entretanto, o município não havia decretado situação de emergência, segundo a Defesa Civil.

Na região metropolitana, as cidades de Almirante Tamandaré, Araucária, Campo Largo, Pinhais e São José dos Pinhais tiveram ocorrências de alagamento e quedas de árvores. Na capital, dez pontos de enchente e seis destelhamentos foram contabilizados.

Outros municípios que enfrentaram prejuízos por conta do mau tempo foram Umuarama, no Noroeste, Telêmaco Borba e Prudentópolis, na região Central, Londrina, no Norte, e Santa Helena e Cascavel, no Oeste.

Centro da cidade ficou completamente alagado

O município de Pitanga, no Centro-Sul do Paraná, decretou estado de calamidade pública no fim da tarde de quarta-feira (23) por conta das fortes chuvas que provocaram cheias nos rios e enchentes em vários pontos da cidade a partir da noite de terça-feira (22). A medida visa garantir o recebimento de recursos dos governos estadual e federal para a recuperação dos estragos na cidade, mas ainda depende de reconhecimento por parte das coordenadorias estadual e nacional de Defesa Civil.

De acordo com balanço final da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, um total de 53.355 pessoas foram afetadas pelas chuvas que caíram entre a noite de terça e a manhã de quarta-feira em todo o Paraná. Ao todo, 429 residências tiveram algum tipo de dano, fazendo com que 135 pessoas tivessem de ir para casas de familiares, e 114 para abrigos públicos. Em Pitanga, apesar de não haver registro de desabrigados ou desalojados, 50 casas foram danificadas, afetando cerca de 200 pessoas, segundo a Defesa Civil.

"Da última vez que tivemos problemas, infelizmente não contamos com a ajuda de ninguém. Mas agora realmente precisamos", disse o prefeito de Pitanga, Altair Zampier, ao telejornal Bom Dia Paraná, da RPC TV. Segundo o tenente Eduardo Gomes Pinheiro, chefe da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, a avaliação da situação da cidade por parte do órgão deve ser concluída em até quatro dias. "A ocorrência de desastre foi reconhecida. Agora é necessário avaliar a intensidade", explica.

Conforme mostrou reportagem do Bom Dia Paraná, as chuvas fizeram com que o rio que corta a cidade subisse quase dois metros, alagando parte do centro. Em uma loja de materiais de construção, os produtos ficaram boiando em meio à enchente. "O prejuízo é estimado em torno de R$ 30 a 40 mil", disse o proprietário, Sebastião de Oliveira. "Quando percebemos a enchente eram 4 horas da manhã. Só deu tempo de desligar as tomadas, porque já estava tudo inundado", relatou.

Em um supermercado localizado na mesma rua, sobrou apenas o que estava nas prateleiras mais altas. "Do estoque não conseguimos salvar praticamente nada", disse o comerciante Diego Fiore. Segundo o telejornal, 18 pontes que dão acesso à cidade ficaram submersas, deixando ilhada a população da periferia.

Situação de emergência

Na semana passada, sete cidades decretaram situação de emergência também em razão de danos provocados pelo mau tempo – Mameleiro, Santo Antônio do Sudoeste, Pinhal de São Bento, Renascença, Pranchita (Sudoeste), Prudentópolis (Centro-Sul) e General Carneiro (Sul). Todos esses municípios sofreram estragos durante os temporais que atingiram o Paraná entre os dias 7 e 9.

De acordo com o soldado Silvio Rodrigo Corrêa, da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, até esta quinta-feira (24), entretanto, os processos para o reconhecimento da situação de emergência ainda estavam em tramitação. "Estamos esperando receber os laudos com o tamanho dos prejuízos para poder levar à homologação do governador", explica Corrêa. "Só depois de reconhecido pela Defesa Civil Estadual é que o processo vai para a esfera federal".

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