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Incêndio consumiu aproximadamente 50 hectares do parque entre a segunda (31) e a quarta-feira (2) | Henry Milléo / Gazeta do Povo
Incêndio consumiu aproximadamente 50 hectares do parque entre a segunda (31) e a quarta-feira (2)| Foto: Henry Milléo / Gazeta do Povo

Depois de uma semana de tempo seco, a chuva chegou na manhã desta quinta-feira (3) à cidade de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, e ajudou os bombeiros no trabalho de combate ao incêndio que atinge o Parque Estadual de Vila Velha desde a segunda-feira (31). De acordo com o tenente André Lopes, do Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa, embora as chamas tenham sido consideradas controladas por volta das 23 horas de quarta (2), vários pontos em brasa tornavam o risco de novos incêndios iminente. "Com a chegada da chuva, a situação fica muito mais tranquila", diz.

Desde o início do incêndio, aproximadamente 50 hectares de mata nativa e vegetação rasteira foram consumidos pelas chamas, segundo cálculos do Corpo de Bombeiros. O maior prejuízo foi na segunda-feira, quando um foco atingiu as proximidades da Lagoa Dourada, às margens da BR-376, e afetou cerca de 40 hectares do parque. O fogo chegou a ser controlado, mas os ventos e o tempo seco contribuíram para o início de novas chamas na terça (1º) e na quarta-feira.

Às 6 horas desta quinta-feira, 12 homens do Corpo de Bombeiros foram para o local para extinguir as últimas fagulhas. "Independentemente da chuva, o incêndio estava controlado, dentro da nossa expectativa", afirma o tenente Lopes. "Mas agora o tempo com certeza vai colaborar", conclui. Para o meteorologista Marcelo Brauer, do Instituto Tecnológico Simepar, não há dúvidas quanto a isso. "Até a tarde, a cidade de Ponta Grossa deve registrar chuvas fortes, inclusive com trovoadas", afirma. "A instabilidade dá uma trégua no fim de semana, mas ainda chove pelo menos até a segunda-feira (7). Com esse tipo de condição, não tem como o incêndio se manter", avalia.

Ainda com a situação sob controle, equipes do Corpo de Bombeiros, em conjunto com a Polícia Ambiental Força Verde, permanecerão pelas próximas semanas no local para monitorar a situação do parque. "O tempo seco é um quadro normal para o mês de setembro. Por isso temos de ficar atentos", diz Lopes. Segundo ele, o maior medo dos bombeiros é que focos de incêndio adentrem a região da Lagoa Dourada, onde há muita mata fechada. "Felizmente até agora conseguimos evitar que isso ocorresse".

Desde o início do ano, foram registradas 852 ocorrências de incêndio na região de Ponta Grossa, número considerado dentro da média histórica – em todo o ano passado foram 1.276 ocorrências.

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