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Vídeo | Reprodução / Paraná TV
Vídeo| Foto: Reprodução / Paraná TV

Foz do Iguaçu – O volume de água nas Cataratas do Iguaçu chegou, ontem à tarde, a 12,6 milhões de litros por segundo (l/s) – uma vazão oito vezes maior que a normal no atrativo. O espetáculo fez crescer a expectativa de que 13 mil visitantes passem pelos portões do Parque Nacional do Iguaçu neste fim de semana prolongado de 1.º de Maio. As fortes e constantes chuvas em quase toda a bacia do Iguaçu, registradas desde o começo da semana, foram responsáveis por garantir o cenário visto pela última vez em 2005, quando a vazão chegou a 19 milhões de l/s.

Desde as primeiras horas de ontem, o ritmo da cheia surpreendeu os técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Por medida de segurança e para evitar que a força da água arrastasse a passarela que leva à Garganta do Diabo, os servidores interditaram e retiraram as grades de proteção da via que também permite a visão panorâmica do Salto Floriano. O acesso deve permanecer fechado até que o volume volte à normalidade.

Graças às chuvas, o cenário de ontem contrasta com o observado no mesmo período do ano passado, quando teve início a estiagem que se estendeu por quase seis meses em grande parte do estado. A seca que expôs os paredões do cânion que formam as cataratas foi responsável, entre outros, pelo recrudescimento do turismo na fronteira: de julho a outubro, a queda no setor superou os 20%.

Desde que a Itaipu Binacional começou monitorar o leito do rio, em 1982, a maior cheia registrada aconteceu em 10 de julho de 1983, com a vazão recorde de 28,7 milhões de l/s. O volume mínimo, de 134 l/s, é de 12 de outubro de 1988.

Tempestade

A chuva deu lugar a um dia ensolarado ontem nas regiões Sudoeste e Sul que foram afetadas pelo temporal de quinta-feira. Segundo a Defesa Civil do estado, 1.367 pessoas tiveram de deixar suas casas e ir para abrigos públicos ou casas de parentes, mas a maioria já tinha retornado ontem.

O Rio Torino, que corta a cidade de General Carneiro, no Extremo-Sul, voltou ao nível normal. As 400 pessoas que estavam desalojadas voltaram para casa. Somente uma família, que teve a casa arrastada pela correnteza, permanece abrigada no ginásio municipal. Em Palmas, na mesma região, os moradores das 80 casas alagadas também passaram o dia limpando os imóveis. No Sudoeste, dos 50 desalojados de Campo Bonito, duas famílias estão em casas de parentes.

Segundo o Instituto Tecnológico Simepar, o fim de semana será frio, com dias ensolarados, no interior do estado, e com nebulosidade na capital e litoral. O mar fica agitado porque os ventos estão soprando em direção ao continente. Em alto-mar, haverá ondas de até três metros de altura. "Por isso não recomendamos a navegação de pequenas embarcações", alerta o meteorologista Reinaldo Kneib.

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