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O secretário estadual da Segurança Pública, Cid Vasques, falou ontem pela primeira vez sobre a decisão do governador Beto Richa em devolver a autonomia do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), vinculado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), para a escolha de policiais. Vasques negou que tenha sido preterido por Richa na decisão. "Eu não fui ‘escanteado’ da decisão. O governador ponderou todas as opiniões que se tem a respeito disso e deve baixar um novo ato regulamentando a atividade. Porque o que existia até então estava dando margem a controvérsias de interpretação", disse.

Sem entrar no mérito da vitória do Gaeco na queda de braço com a pasta conduzida por ele, Vasques afirmou que vai acatar a decisão de Richa e destacou que agora é o governador que conduzirá o processo com o procurador-geral do MP-PR, Gilberto Giacoia. "Provavelmente essa situação será equacionada", disse. A crise entre a Sesp e o grupo durava cinco meses.

O secretário falou com a imprensa no Hospital Evangélico, onde tinha ido visitar os dois policiais civis baleados por um traficante numa ação em Campo Magro, na quarta-feira.

O que muda

O acordo pôs fim ao rodízio de policiais cedidos ao Gaeco e devolve ao grupo a prerrogativa de selecionar seus membros entre os quadros da Polícia Civil e da Polícia Militar. No entanto, em vez de o próprio grupo requisitar os policiais à Sesp – como era feito antes – o pedido será direcionado diretamente por Giacoia ao governador. Apesar de poder, pontualmente, vetar um ou outro nome, a expectativa é de que haja cooperação no processo.

Entenda

Os problemas entre a Sesp e o MP-PR começaram em setembro do ano passado, depois que Vasques determinou o rodízio de policiais cedidos ao Gaeco. O MP-PR reagiu e cassou a licença que permite que Vasques – que é procurador de Justiça – ocupe. Desde então, uma guerra de liminares foi travada entre o secretário e o MP-PR.

O MP-PR levou o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar cassar definitivamente a licença que permitiu a Vasques assumir a secretaria. "Eu acho que a pretensão é legítima, mas o STF tem coisa mais importante para fazer", afirmou o secretário.

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