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Clientes do Beto Batata se comunicaram via internet para protestar em frente do bar fechado | Walter Alves/Gazeta do Povo
Clientes do Beto Batata se comunicaram via internet para protestar em frente do bar fechado| Foto: Walter Alves/Gazeta do Povo

Por meio da internet, centenas de pessoas se mobilizaram no fim de semana em manifestações que movimentaram três cidades do país. Os atos foram agendados e confirmados por intermédio das mídias sociais, em Curitiba, São Paulo e Ribeirão Preto (SP). Todas elas tinham o objetivo de discutir o que os moradores consideram arbitrariedades do poder público.

A favor da cultura

O fechamento do Bar Beto Batata, estabelecimento conhecido pela participação na agenda cultural de Curitiba, foi noticiado e discutido durante todo o dia de ontem nas mídias sociais. No fim da tarde, dezenas de manifestantes iniciaram o protesto contra o fechamento do local devido ao som alto. O estabelecimento foi multado em R$ 3 mil.

Em meio à música, amigos, clientes e simpatizantes reuniram-se para apoiar a causa. "Vamos fa­­zer música na rua. Somos uma das poucas resistências nacionais de espaços públicos", lembra o proprietário do bar, Robert Amorim. O local funciona há 12 anos no mesmo local, no bairro Alto da XV. Para ele, o fechamento foi arbitrário. O local possui janelas à prova de som, segundo o proprietário.

"É horrível viver isso fora do regime militar", lamenta. Amorim lembra que o bar faz parte de parcerias com a prefeitura em eventos culturais. A casa tem 48 músicos e mais 16 funcionários. "Estamos todos em greve. Tivemos o direito constitucional ferido e isso é lamentável", diz. Durante a operação da equipe da Ação Integrada de Fiscalização Urbana (AIFU), que retirou 150 pessoas do lugar, o Hino Nacional foi tocado ao piano.

Animais mortos

Pela manhã, centenas de pessoas se reuniram no Morro São Ben­to, reserva ambiental de Ribeirão Preto ( 313 km de São Paulo) para protestar contra a morte de 45 animais ocorridas semana passada. Os manifestantes estiveram presentes vestidos de preto, com velas e flores. Organizações não governamentais promoveram a mobilização com o intuito de alertar sobre o abandono de bichos, incentivar campanhas de conscientização para posse responsável e de castração dos animais e, acima de tudo, pedir fiscalização dos órgãos do governo.

O caso começou depois da morte de 38 gatos, uma cadela e seis gambás, possivelmente envenenados por chumbinho. A procura de vítimas pela equipe do Centro de Controle de Zoonoses, divulgada pela mídia, repercutiu por meio de ligações e e-mails. Só a Zoonoses recebeu pelo menos 50 ligações de pessoas curiosas para saber sobre o suposto autor do envenenamento, segundo a chefe do órgão, Elia­na Collucci. "Eram pessoas re­­vol­­tadas com a crueldade e que queriam saber da investigação.’’

Sem metrô

Em São Paulo, 600 pessoas protestaram no sábado contra a decisão do governo de suspender a construção de uma estação de metrô na região de Higienópolis. O governo decidiu mudar a instalação após pressão de moradores, empresários e comerciantes da região. O convite para a reunião foi feito pela internet para um churrasco, e mais de 56 mil pessoas confirmaram a presença no evento, através do Facebook. O grupo organizador ateou fogo em uma catraca e a usou como churrasqueira para fazer queijo coalho. O evento começou às 14 horas e foi até a madrugada de ontem.

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