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Manifestantes deitaram de mãos dadas no calçadão por cerca de meia hora | LUISA DE PAOLA/ AFP PHOTO
Manifestantes deitaram de mãos dadas no calçadão por cerca de meia hora| Foto: LUISA DE PAOLA/ AFP PHOTO

Jaboti – A união de quatro pequenos municípios do Norte Pioneiro se tornou referência para outras cidades que ainda não eliminaram os lixões a céu aberto. O Consórcio Intermunicipal de Aterro Sanitário (Cias) – formado pelos municípios de Jaboti, Japira, Pinhalão e Tomazina – está chamando a atenção de outros prefeitos da região que pretendem repetir a idéia. Segundo a Associação dos Municípios do Norte Pioneiro (Amunorpi), há pelo menos outros dois projetos em andamento. E a previsão é que, em bem pouco tempo, todos os 26 municípios que compõem a associação se organizem em consórcios.

Criado há dois anos, o Cias resolveu a destinação do lixo produzido diariamente nas quatro cidades sem exigir recursos que poderiam comprometer as finanças dos pequenos municípios. Para o presidente do consórcio, o prefeito de Jaboti, Jorge Domingues de Siqueira, o projeto tem outras vantagens, além da ambiental. "Com o consórcio, contratamos profissionais altamente qualificados. Nunca teríamos condições de contratar pessoas experientes no assunto se o projeto fosse isolado", afirma. A previsão de gastos com o aterro é de R$ 450 mil por ano.

No aterro sanitário, que fica em Japira, foram escavadas duas trincheiras (valas), que têm capacidade para receber todo lixo produzido pelas quatro cidades por um período de 16 meses, o que equivale a quase 500 toneladas. Na semana passada, técnicos de uma empresa especializada concluiram a escavação de uma segunda trincheira que terá capacidade para armazenar, em 24 meses, 800 toneladas de lixo.

O diretor de saneamento ambiental da Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa), Jorge Callado, afirma que a organização dos municípios para criar aterros sanitários é uma das alternativas para diminuir o passivo ambiental causado pela má-destinação do lixo. Callado explica que, com a destinação em uma única área, que esteja no centro de um raio de 50 quilômetros das cidades consorciadas, o aterro sanitário passa a ser viável do ponto de vista econômico.

O diretor da Suderhsa explica que a superintendência, ligada à Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) está incentivando a criação dos consórcios. A intenção é estimular a criação 33 aterros regionalizados com a participação de cidades entre 50 e 70 mil habitantes e 22 dois outros consórcios entre cidades com população acima de 70 mil habitantes.

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