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Avião brasileiro sobrevoa águas do Atlântico para encontrar destroços do Airbus: cooperação internacional | AFP
Avião brasileiro sobrevoa águas do Atlântico para encontrar destroços do Airbus: cooperação internacional| Foto: AFP

Lista com passageiros brasileiros é divulgada

A Air France divulgou nesta quarta-feira (3) uma lista com nomes de 53 dos 58 passageiros que estavam a bordo do voo 447 que saiu do Rio de Janeiro na noite de domingo (31) rumo a Paris e desapareceu sobre o Oceano Atlântico.

Segundo a companhia aérea, alguns ocupantes da aeronave não tiveram os nomes incluídos na lista a pedido de parentes.

Confira os nomes divulgados

Submarino será usado para buscar caixa-preta

As Forças Armadas da França usarão o mesmo submarino que encontrou os destroços do navio Titanic no Canadá, em 1985, para tentar encontrar a caixa-preta do avião da Air France que caiu em águas brasileiras domingo. Com capacidade para navegar a profundidades de 6 mil metros, o submarino Nautile deve chegar ao Brasil na próxima semana.

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Mancha de óleo descarta explosão

A Força Aérea Brasileira (FAB) identificou na madrugada de ontem uma mancha de óleo com extensão de 20 km no local onde o Airbus A330 da Air France teria caído. A grande quantidade de óleo indica que a aeronave não sofreu uma grande explosão durante o voo. Assim, é possível praticamente descartar a hipótese de uma explosão nos tanques de combustível ou uma explosão devastadora, provocada por uma bomba de grande potência por exemplo, que consumisse o querosene no ar. Com isso, fica mais remota a suspeita de a aeronave ter sido alvo de ato terrorista, como veicularam alguns meios de comunicação franceses.

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Hipóteses para a queda do Airbus

Houve algum defeito técnico ou estrutural no avião? O piloto desviou ou não da tempestade? A tempestade tinha condições de contribuir decisivamente para o acidente? Houve algum fator extra, como uma bomba ou contêiner solto, contribuindo para o acidente?

Confira os fatos e algumas hipóteses

Ministro da Defesa descarta encontrar sobreviventes

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, descartou ontem a chance de encontrar sobreviventes do voo 447 da Air France. Segundo Jobim, até mesmo o resgate de corpos será praticamente impossível. Os que tiveram o abdome rompido na queda permanecerão nas profundezas do oceano. Os que tiverem o abdome intacto poderão emergir, num prazo de dois a três dias. "Mas lembremos que o acidente foi na costa de Recife", observou Jobim, em referência à grande incidência de tubarões na região.

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  • Saiba mais sobre as operações de resgate

Paris e São Paulo - A operação para localizar os destroços do Airbus A-330 mobiliza uma força internacional que tem a participação de equipamentos, especialistas e técnicos de pelo menos cinco nacionalidades. Além do Brasil, a França conta com a ajuda de Espanha, Estados Unidos e Holanda. Pelo menos 50 pessoas foram destacadas pela França para participar das investigações do acidente do voo 447, da Air France, que matou 228 pessoas, no domingo. Serão 30 peritos da Airbus e da Air France e 20 pessoas do próprio escritório.

Ontem, o Comando da Aeronáutica brasileiro informou que foram localizados mais destroços do avião. Também foi identificada uma mancha de óleo em uma extensão de 20 quilômetros. Foram localizados cerca de dez objetos – alguns deles metálicos. Entre o material está uma peça de 7 metros de diâmetro. Não há, no entanto, confirmação de qual seria a peça.

Os destroços foram localizados na madrugada de ontem, durante as buscas realizadas pelo avião-radar R-99. Por volta das 3h40 foram identificados mais quatro pontos de materiais, a 90 quilômetros ao sul de onde foram encontrados os primeiros pedaços, na terça-feira.

Trilhas

Os restos do avião achados ontem estavam concentrados em duas trilhas distantes entre si 230 quilômetros e longe dos primeiros destroços, encontrados na terça-feira. As buscas agora estão concentradas num raio de 200 quilômetros traçado a partir dos destroços localizados no primeiro dia. Não foi possível identificar marcas da Air France, mas a equipe de investigação acredita que os destroços são do Airbus.

Principal evidência encontrada até aqui, a peça metálica de sete metros pode ser parte da cauda ou de uma lateral do avião, segundo as primeiras informações. A estrutura será fundamental para esclarecer que tipo de avaria o Airbus sofreu.

Os destroços serão levados para Fernando de Noronha e, em seguida, para Recife. Segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, as peças serão entregues à França, país responsável pelas investigações.

Espaçamento

A Aeronáutica e a Marinha brasileiras informaram que o espaçamento dos objetos encontrados no mar vai dizer se o Airbus despencou verticalmente, se a aeronave se espatifou apenas ao bater na água ou ainda se ela se desintegrou no ar enquanto caía.

Na análise da posição dos objetos, engenheiros e técnicos vão levar em conta a velocidade e a direção das correntes marinhas para definir se eles caíram juntos ou fragmentados em pontos diferentes. Outro grupo vai verificar as condições meteorológicas em detalhes na ocasião do acidente, quando a região enfrentava uma tempestade de grandes proporções, com raios e granizo.

Os dados climáticos do momento do acidente foram requisitados no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e em outras instituições meteorológicas do Brasil e do exterior. Os destroços e vestígios, como amostras de óleo, estão sendo recolhidos com cuidado redobrado para preservar as características que possam esclarecer o acidente.

Altitude

A FAB também disse ontem que não era possível afirmar se o Airbus estava fora da altitude prevista no plano de voo, conforme chegou a ser divulgado na imprensa. "Nós não temos como confirmar ainda, porque é fator de investigação de acidente.’’

O subchefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, coronel Jorge Amaral, disse que a modificação de nível de voo é "comum’’ em qualquer rota. "Essa mudança de nível, dizer que isso acarreta alguma coisa, não acarreta em nada’’, afirmou. "Até onde o radar pegou, [o avião] estava cumprindo o plano de voo perfeitamente.’’

Navio

O primeiro navio da Marinha, o Grajaú, chegou ontem à região do Oceano Atlântico onde foram detectados destroços do Airbus. Segundo o Comando da Marinha, o navio ainda não havia conseguido encontrar os destroços porque ondas de até 2 metros de altura estão dificultam o trabalho de visualização.

Até a noite de ontem, nenhum destroço havia sido recolhido pelos navios. Quando isso ocorrer, equipes se ocuparão de coletar informações com base no material que for resgatado.

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