Maringá O SEGUNDO Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II) suspendeu por 30 dias o serviço de informações sobre o vento no Aeroporto Regional de Maringá Sílvio Name Júnior, no Noroeste do Paraná. A decisão foi tomada no último dia 26 devido à falta de certificação pela Aeronáutica do técnico que faz a regulagem do anemômetro aparelho que fornece dados sobre a velocidade e a direção dos ventos aos aviões em procedimento de pouso ou decolagem.
A Nordeste Linhas Aéreas, que faz o serviço de balizamento, e a Terminais Aéreos de Maringá SBMG S/A, responsável pelo aeroporto, prometem resolver o problema até a próxima semana. A determinação não proíbe a Nordeste de operar como Estação Permissionária de Telecomunicações e Tráfego Aéreo (EPTA), mas pede que a situação seja regularizada dentro do prazo ou nova medida poderá ser tomada. "Devido aos últimos acontecimentos, achamos por bem analisar todos os aspectos", explicou o capitão do Cindacta II, Leonardo Mangrich. "Há uma não conformidade do equipamento."
O superintendente do aeroporto, Marcos Valêncio, informou que o técnico é contratado do aeroporto e que o serviço sempre foi feito dessa maneira. Além disso, garantiu que a operação do equipamento nunca apresentou problema.
As informações sobre o vento são coletadas pela EPTA e repassadas por rádio para o piloto no avião. Tanto o Cindacta, a Nordeste e a SBMG informam que a falta destes dados não apresenta riscos às operações, já que outras informações são passadas ao piloto e o anemômetro é parte de todo um processo de equipamentos e dados. Outras informações continuam sendo passadas aos pilotos em Maringá por rádio, como situação de visibilidade, teto, pista, entre outros.
Valêncio ressalta que tal situação não estaria acontecendo se o aeroporto assumisse os serviços da EPTA, já que ele tenta há cinco meses autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para implantar em Maringá uma torre de controle de vôo com um controlador profissional. A Nordeste até aceita entregar os serviços, mas desde que tudo fosse feito por meio da Aeronáutica e não como a SBMG estaria tentando demonstrar apresentando irregularidades na EPTA. A Nordeste garante que opera dentro das regulamentações aéreas nacionais, não há nenhum risco devido aos seus procedimentos e em nenhum outro aeroporto que opera há problemas.
A crise aérea no aeroporto maringaense ocorre há dois meses. A Nordeste suspendeu os serviços para a Trip Linhas Aéreas alegando ter a receber aproximadamente R$ 450 mil por serviços prestados desde 2006. A Trip não reconhece a dívida e o caso está na Justiça.
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