Um ex-funcionário da casa noturna de que Veríssimo Canalli Fiúza era sócio disse informalmente à polícia que o empresário já havia comentado que mataria quem se aproximasse da namorada, Elizabeth Cristina Pereira. Fiúza matou a jovem e cometeu suicídio na noite da última segunda-feira, na própria casa, depois de torturá-la durante mais de uma hora com agressões físicas. Os dois foram sepultados ontem. Segundo o delegado Rubens Recalcatti, titular da Delegacia de Homicídios (DH), o ciúme doentio de Fiúza motivou o crime.
O último ataque de fúria do rapaz pode ter sido desencadeado após descobrir que Elizabeth foi a uma casa noturna com duas amigas e um amigo no último sábado. De acordo com uma pessoa ligada à vítima, que preferiu não se identificar, Elizabeth já estava infeliz no relacionamento há algum tempo. Na sexta-feira, os dois teriam brigado e, na segunda-feira, ela foi à casa do empresário para buscar suas coisas e pôr um ponto final no romance.
Família
A mãe do empresário foi à delegacia depor a pedido da polícia. Ela, segundo Recalcatti, deixou claro que Fiúza mantinha um relacionamento distante da família. O policial contou que a mãe não se relacionava com o filho há cerca de 15 anos. "Ele tinha uma vida pública de relações muito estreitas com a noite. Ao mesmo tempo praticamente não tinha elos familiares a ponto de que, no local do crime, nenhum primo dele sabia o sobrenome do rapaz", relatou o delegado.
Longe da família, o rapaz morava sozinho em uma casa de luxo na Vila Oficinas, no bairro Cajuru. Na mesma região, ele já havia tido problemas quando era inquilino, antes de comprar a residência onde morava. O delegado contou que, no dia 29 de maio de 2009, Fiúza ligou para a polícia a fim de reclamar de que um corretor e o proprietário da casa em que morava tentaram despejá-lo à força sem autorização judicial. O rapaz devia sete meses de aluguel.
Além desse, a polícia localizou mais 16 boletins de ocorrência no qual ele é noticiante. Os problemas eram sempre os mesmos. Acidentes de trânsito na madrugada e brigas nas saídas das baladas. No dia 30 de setembro de 2009, ele chamou a polícia quando bateu seu veículo da marca Mercedes Benz na Avenida Afonso Camargo, no Centro da capital. Fiúza foi parar no hospital. Menos de um ano antes, o rapaz ligou para a polícia para pedir ajuda. Disse que alguém estava telefonando para ele e pedindo R$ 57 mil. Caso não pagasse, disse que poderia ser morto.
A polícia ainda deve investigar outra parte da vida de Fiúza. Cinco veículos do empresário estão sob suspeita. Hoje, o funcionário de uma financeira deve ser ouvido para esclarecer algumas suspeitas sobre dois dos veículos do empresário. Além da Mercedes, um Audi A3 será investigado. Fiúza teria presenteado a namorada com esse veículo, mas não pagou nem uma parcela do automóvel. Há indícios de que os carros eram comprados de forma fraudulenta.
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