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Para a gerente de marketing do Shopping Estação, Presciane Tra­montini, a tão comentada "descristianização" do Natal, que teria se reduzido a decorações e presentes que todos esperam ganhar, não aconteceu. "As pessoas nos escrevem e-mails perguntando sobre o que vamos fazer no Natal, e pelo que a gente percebe elas querem que a decoração tenha mais elementos religiosos, que remetam mais ao verdadeiro significado do Natal, que é o nascimento de Jesus", diz. O casal Adriana e Cleiton Coelho, que levou os filhos Maria Eduarda e Brian Vinicius para ver o Papai Noel no shopping, é um exemplo disso. "No Natal, o que parece prevalecer é o comercial, pois as pessoas se esquecem da mensagem de amor e paz. Por isso, acho que os shoppings, e o comércio em geral, precisam explicar, principalmente para os adolescentes, quem foi Jesus e o que é o Natal", diz Cleiton.

A discussão envolvendo a comercialização da data é antiga, mas não deve ofuscar os sentimentos genuínos que tomam as pessoas nesta época do ano, segundo o comerciante aposentado Luimar Staben, há sete anos Papai Noel do Shopping Mueller. "As pessoas ficam mais felizes. Por quê? Isso eu não sei dizer. Não tem explicação, mas que as pessoas mudam, elas mudam", afirma, lembrando dos amigos que já fez no papel de bom velhinho. "Há pessoas que vêm aqui há sete anos, e dizem que eu já faço parte da vida delas, que estou no álbum de família. Esse sentimento só o Natal é capaz de criar", conclui.

Igreja Católica

A Arquidiocese de Curitiba lança hoje, às 10 horas, a Campanha de Natal 2009, com o tema "Natal com Jesus é Natal" e o lema "Uma jovem disse sim à vi­­da". De acordo com o padre Alexsander Cordeiro, coordenador da Equi­pe Permanente de Campanhas da arquidiocese, o objetivo da ação é mostrar o verdadeiro sentido do Natal, que é comemorar o nascimento do Cristo, deixando de lado o aspecto co­­mercial.

Cordeiro conta que o lema, uma referência a Maria, quer discutir o problema da violência entre os jovens. "Eles estão nessa situação porque não encontram espaço na família e na sociedade. Maria, quando teve Jesus, tinha apenas 15 anos, mas Deus confiou nela. Apesar da situação, ela não foi rejeitada pela família. Essa mensagem de acolhimento aos jovens é o que queremos passar", afirma. (VP)

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