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Um cobrador de ônibus foi preso em flagrante por volta de 7h30 desta sexta-feira quando aplicava o golpe do Cartão Transporte de isento numa estação-tubo em Curitiba. Essa foi a sexta prisão em menos de um mês.

De acordo com a assessoria da Urbs, empresa que administra o transporte coletivo em Curitiba, José Ananias Pinto embolsava o dinheiro dos passageiros na estação-tubo Hospital Militar, no Batel, em Curitiba, e liberava a catraca usando cartão de isento do próprio filho, portador de necessidades especiais. O cartão dá direito a um acompanhante, o que dobrava o lucro do cobrador. O cobrador foi encaminhado ao 3º Distrito Policial, nas Mercês, e deve responder pelo crime de estelionato.

A prisão foi feita por uma equipe de fiscalização da Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs) e agentes da Guarda Municipal.

O procurador jurídico da Urbs, empresa que administra o transporte público em Curitiba, Sidney Martins, explica que o cartão-transporte é pessoal e intransferível. "Passar para terceiros pode causar a suspensão do cartão. Se envolver em golpes desse tipo pode configurar crimes de estelionato e apropriação indébita", alerta Martins.

Sexta prisão em menos de um mês

Essa, ainda de acordo com a assessoria da Urbs, foi a sexta prisão desde o dia 25 de julho, quando a Guarda Municipal fez a primeira detenção de três cobradores de ônibus da empresa Santo Antônio flagrados na estação-tubo Cefet, na avenida Marechal Floriano.

No último dia 11, um cobrador e outro acusado aplicavam o mesmo golpe na estação-tubo da Praça da Ucrânia, sentido bairro-centro.

Denúncias

Nos três flagrantes, a Urbs recebeu denúncias de passageiros pela central telefônica 156, e colocou fiscais disfarçados no local para monitorar a ação dos golpistas. Os relatórios da Urbs confirmaram o uso reiterado dos mesmos cartões na estação, em horários muito próximos, e servirão de prova no processo criminal contra os acusados.

No primeiro semestre deste ano, foram apreendidos 419 cartões que deveriam estar com pessoas isentas, na maioria idosos, mas eram "emprestados" para terceiros. "Estamos defendendo o interesse dos nossos passageiros, que pagam a tarifa e sustentam o sistema de transporte", explica o diretor de transporte Fernando Ghignone. O passageiro pode colaborar com a fiscalização, denunciando irregularidades pela central telefônica 156.

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