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Protesto reúne cerca de vinte trabalhadores da área do transporte em Curitiba | Aniele Nascimento/ Agência de Notícias Gazeta do Povo
Protesto reúne cerca de vinte trabalhadores da área do transporte em Curitiba| Foto: Aniele Nascimento/ Agência de Notícias Gazeta do Povo
  • Segundo sindicato, estação tubo Vila São Pedro teve mais de 20 assaltos em setembro deste ano

Um grupo de cobradores e motoristas de ônibus protesta desde o início da manhã desta quarta-feira (29) em frente à estação tubo Vila São Pedro no bairro Xaxim, um dos pontos da linha ligeirinho Bairro Novo, em Curitiba. Cerca de vinte funcionários participam do ato, que deixa a catraca "livre" para a entrada dos passageiros.

Organizado pelo Sindicato dos Motoristas e Cobradores da capital e da região metropolitana (Sindimoc), a manifestação deve ocorrer até o fim da tarde desta quarta. Os trabalhadores alegam que a estação tubo Vila São Pedro é uma das mais assaltadas de Curitiba e, por isso, pedem reforço na segurança no local.

Segundo o sindicato, entre janeiro e setembro deste ano foram 641 assaltos a estações de ônibus de toda a capital. No ponto onde hoje ocorre o protesto foram 21 assaltos somente em setembro. A entidade disse não ter, por enquanto, o levantamento que aponta a quantidade de crimes neste local durante todo o ano. "A violência empregada nestes assaltos tem sido cada vez maior, e os cobradores estão em estado de pânico", acusou o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira.

Por meio de nota, o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) confirmou os problemas que vêm sendo enfrentados pelos cobradores no local. Conforme a nota, a empresa que mantém funcionários nesta estação relatou dificuldade em encontrar colaboradores que queiram trabalhar no ponto por causa da insegurança.

O Setransp ressaltou que, por causa dos assaltos constantes, protocolou um pedido para que a Guarda Municipal (GM) aumente a segurança no região. Uma reunião realizada há duas semanas com representantes da GM reforçou a solicitação.

A Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), que gerencia o sistema de transporte na capital, diz que a segurança realizada na região não é de responsabilidade da empresa, mas que, mesmo assim, tem adotado algumas medidas para coibir a ação dos criminosos. Entre elas estão a implantação de câmeras de segurança em todas as estações tubo e a realização de campanhas de incentivo para uso do cartão transporte, que diminui a circulação de dinheiro nestes locais.

Já a Prefeitura de Curitiba, que responde pela Guarda Municipal, esclareceu que guardas realizam frequentes rondas no local onde está a estação,e também em todas as regionais da cidade. A administração municipal ressaltou que sempre faz operações para reforçar a segurança de usuários e trabalhadores do sistema de transporte da cidade. Entre elas está a ação preventiva que atua, em horário de grande movimento, em terminais de ônibus e estações tubo da cidade.

Na nota, o órgão acrescentou que "entende, porém, que os assaltos - não só a estações tubo, mas a outros equipamentos públicos - refletem uma situação de insegurança que atinge a comunidade como um todo, e que infelizmente não pode ser contida apenas com a ação da Guarda Municipal, que age na resolução de casos quando necessário, mas exerce prioritariamente um papel preventivo, de Guarda Cidadã. Cabe à Polícia Civil fazer a investigação dos crimes e à Polícia Militar o patrulhamento ostensivo e repressivo".

A Polícia Militar (PM) disse, por sua vez, que o patrulhamento da corporação é diário, porém, que as ações são apenas em vias públicas. Estações tubo, pontos de ônibus e terminais são da prefeitura e, pelo entendimento da PM, cabe à administração municipal reforçar a segurança nestes locais.

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