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A Polícia Militar detonou, ontem à tarde, uma granada encontrada em uma rua no bairro Jardim Social, em Curitiba. O explosivo foi detonado no local, a cerca de 500 metros do Colégio Estadual Amâncio Moro, por policiais da equipe antibombas, do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia de Choque. Segundo integrantes do COE, essa foi a sexta granada encontrada neste ano em Curitiba. Desde janeiro, a equipe antibombas já localizou 15 explosivos, de vários tipos, abandonados na cidade.

A granada, de uso exclusivo das Forças Armadas, foi encontrada por moradores, pouco antes das 15 horas de ontem. Eles comunicaram dois policiais que faziam a ronda na região e a PM isolou a Avenida Washington Luís, entre a Avenida República do Líbano e a Rua Sílvio Romero, durante uma hora e meia. A decisão de detonar a granada no local foi tomada depois de os policiais do COE constatarem que o pino do artefato tinha sido removido e que havia risco de explosão. Os policiais cavaram um pequeno buraco, no canteiro central na Washington Luís, e detonaram a granada por volta das 16h30.

Segundo o soldado do COE Rafael Rodrigues, encarregado de avaliar a granada e transportá-la até o buraco, o explosivo ainda oferecia riscos. "Em um raio de 30 metros, ela é 100% letal. E pode ferir pessoas a até 100 metros de distância", afirmou. "A granada estava sem o pino, era para ter sido acionada. Alguém tentou usá-la um dia". Rodrigues não soube precisar o modelo do explosivo, mas disse que se tratava de uma granada defensiva, usada pelo Exército. As investigações sobre a origem do explosivo serão feitas pelo Instituto de Criminalística.

Susto

Durante a operação, surgiu a informação de que haveria outra granada abandonada na região, o que não foi confirmado pelos policiais. Um morador da Avenida Washington Luís, que preferiu não ter o nome revelado, pediu para os integrantes do COE inspecionarem o jardim de sua casa. Segundo o capitão Marcos Vieira, todos os jardins da rua seriam vistoriados ontem mesmo. Alguns moradores disseram que a granada havia sido vista na segunda-feira.

Marcos Vieira descartou a possibilidade de ligação com as ações da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) em São Paulo. "A partir de agora, tudo é especulação. Não consigo visualizar a relação com o que está acontecendo. Trata-se de um fato isolado."

Fato isolado ou não, a granada chamou a atenção de moradores. A professora Lucy de Melo Mata, 48 anos, quase se abaixou para pegar o artefato. "Eu ia pegar, mas como meu pai é militar, lembrei que poderia ser um explosivo", comentou. A dona de casa Nádia Cloretti, 55 anos, teme que a onda de ataques do PCC tenha chegado ao Jardim Social. "Sabe Deus o que poderia acontecer se eu saísse de casa e encontrasse isso na minha porta."

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