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Réplica de soldado romano: acervo pessoal em exposição | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Réplica de soldado romano: acervo pessoal em exposição| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Quem chega ao saguão do Museu Campos Gerais, em Ponta Grossa, avista um soldado romano. Próximo a ele está um aristocrata. Ao redor, vários objetos do império romano e maquetes da Roma antiga. Trata-se da exposição sobre o Império Romano montada com base no acervo do biólogo Renoaldo Kaczmarech, que há pelo menos 15 anos estuda a Roma antiga pela internet, livros e filmes.

Sem nunca ter pisado em Roma, o biólogo fala sobre o assunto como se conhecesse cada canto da antiga capital do mundo. Com informações retiradas das enciclopédias e dos sites especializados, Kaczma­rech montou um vídeo que é usado em palestras para estudantes secundaristas. Nele, remete desde o início do império, antes do nascimento de Cristo, à queda dos romanos devido à desestruturação do governo e à força da invasão bárbara.

O império romano ocidental durou 11 séculos e o oriental mais 12 séculos, terminando apenas no século 15 com a introdução da Idade Média. A herança desse povo, que usava até o aproveitamento da água da chuva, é percebida nos nomes, na arquitetura e até mesmo nos hábitos. "Foi um povo muito sábio", resumiu Kaczmarech, lembrando da construção do Coliseu.

O colecionador tem mais de 100 peças no seu acervo, boa parte réplicas de originais que estão expostas no Louvre, em Paris. A primeira peça foi um vaso romano adquirido por um catálogo. Ele chegou pelos Correios, em meados dos anos 80, quando as compras pela internet ainda estavam longe de acontecer. Hoje ele compra pela web estátuas e outros objetos de colecionadores e as refaz com base nas pesquisas sobre o tema. A estátua do imperador César, por exemplo, foi refeita.

Ele tem também maquetes construídas a partir de informações dos livros, moedas originais, como uma de prata do imperador Vespasiano, armaduras e espadas. A coleção não é das mais baratas, segundo o colecionador. Para liberar cada peça comprada no exterior na alfândega é preciso pagar até 60% do valor em impostos. Além disso, tanto material acaba não tendo espaço para ser armazenado dentro de casa. Construir um museu da história antiga romana é um sonho para ele, ainda impossível.

Serviço: a exposição fica aberta até 11 de dezembro. Rua Engenheiro Schamber, nº 686, no centro de Ponta Grossa. Entrada gratuita.

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