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Apesar do aumento da frota de veículos em Curitiba em 6,2% (dados do Departamento de Trânsito), um balanço do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) revela queda de 5,56% no número de acidentes em Curitiba no ano passado. Em 2006, o órgão atendeu 11.849 acidentes nas ruas da capital, contra 12.503 no ano anterior.

O balanço final de 2006, que soma os atendimentos na rua com os boletins feitos no batalhão, deve ser divulgado em fevereiro. Mas um cálculo preliminar aponta queda de aproximadamente 2 mil atendimentos. Em 2005, foram 25.679 ocorrências. A redução é acompanhada em algumas cidades do interior, como Maringá. Em Foz do Iguaçu, entretanto, houve aumento nos acidentes (veja infográfico).

Ainda segundo o balanço, as mortes diminuíram 8,79% em Curitiba. Em 2006, foram contabilizadas 83 óbitos, oito a menos que no ano anterior. De acordo com o diretor de Trânsito da Urbs, que gerencia o transporte e o trânsito em Curitiba, Gilberto Foltran, houve uma conscientização dos motoristas por causa de fiscalização mais intensa pelos agentes e das campanhas educativas feitas pela prefeitura no ano passado. "São fatores que ajudam a conscientizar o condutor quanto ao perigo de ações impensadas", aponta.

O professor de Trânsito do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Pedro Akishino, discorda do diretor. Segundo ele, a conscientização, mesmo que tendo aumento gradativo, atinge apenas parte dos motoristas. "Não existe um estudo que relacione campanhas de conscientização com redução de acidentes. No Brasil não há educação no trânsito, que começa desde a infância com aulas na escola. As campanhas temporárias transmitem um conhecimento, mas não resolvem", afirma Akishino.

Uma mistura de responsabilidade no trâsito e sorte garantiu a vida do servidor público Ricardo Farlo Keppen, 40 anos, no ano passado. Em maio, o carro dele foi derrubado de um viaduto por outro carro em alta velocidade. Além de Keppen, estavam dentro do veículo a esposa, Cristiane, e os filhos gêmeos Luciane e Pedro, 4 anos. Todos estavam com o cinto de segurança. As crianças estavam acomodadas em cadeiras especiais. "Estava indo pela pista da direita, quando um cidadão bateu na traseira do meu carro e me jogou do viaduto, de uma altura de 12 metros", conta Keppen. Pedro e Cristiane nada sofreram e Luciane apenas fraturou a clavícula. Já Keppen teve o nervo de uma das vértebras comprimido pelo impacto da queda e sofreu com trauma muscular. "Mas não reclamo, porque foi um milagre", disse.

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