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A coluna de hoje atende demanda de um leitor que me enviou frases colhidas em diversos jornais do país nas quais aparecem apostos indicativos de cargos. Ele notou que ora esses apostos aparecem isolados por vírgulas e ora não isolados. Sua dúvida é quando devemos usar vírgula.

Sobre esse tópico, cuido ser esclarecedora a lição que lemos na página 39 do Manual de Redação e Estilo do jornal O Estado de S. Paulo. Transcrevo-a: "Usa-se entre vírgulas o nome do detentor de um cargo ou a qualificação de uma pessoa quando só uma pessoa pode ocupar o cargo ou ter determinada qualificação".

A explicação é bem clara. Va­­mos ilustrá-la com alguns exemplos. Sabemos que o cargo de presidente só pode ser exercido por uma pessoa. Portanto, o nome do presidente dever ser isolado por vírgulas. Assim teremos: 1) "O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, viajou ontem para Goiás". 2) "O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, garantiu que os juros continuarão caindo". Em síntese: se o cargo só pode ser exercido por uma única pessoa naquele momento, usamos vírgula. Mais dois exemplos: 1)"O reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Zaki Akel, deve anunciar mudanças no processo seletivo do próximo ano". 2) "O técnico do Coritiba, Ney Franco, ainda tem dúvidas sobre a escalação".

Um pouco de curiosidade vai nos mostrar que os apostos entre vírgulas não são obrigatórios para garantir o sentido do que escrevemos. A simples menção ao cargo da pessoa já dá ao leitor a informa ção entre vírgulas. Vejamos: "O presidente do Brasil viajou ontem para Goiás". Ou: "O reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) deve anunciar mudanças no processo seletivo do próximo ano". Para nós que lemos a notícia agora em 2010, fica bem claro que se trata de Luiz Inácio Lula da Silva e de Zaki Akel, respectivamente.

O único problema é que um leitor pode ler essa informação (bem descontextualizada) daqui uns 20 anos e fazer outra interpretação. Mas quase sempre o contexto garante a informação correta.

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