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De vez em quando recebo e-mails de leitores que pedem "dicas" de como fazer um bom texto. Já abordei esse assunto umas duas vezes. Nada me custa, no entanto, voltar a ele nesta e na próxima coluna.

Como não mudei meu ponto de vista sobre a questão, penso que, em primeiro lugar, devemos nos orientar pela seguinte questão: para quem eu escrevo? Portanto, o primeiro e mais importante passo é saber, mesmo que aproximadamente, quem é o nosso leitor. Essa imagem de leitor (que nem sempre vai ter a alta resolução de uma tevê de plasma, é claro) é fundamental para que façamos escolhas corretas ou, no mínimo, não desastrosas para a composição do nosso texto.

Por exemplo, quando escrevemos um e-mail, um bilhete ou uma mensagem no celular a um amigo, dificilmente fazemos nada menos que um bom texto. A chance de o colega nos retornar mensagem dizendo que nosso texto está um lixo é nula. Ou quase, pois sempre existem amigos que não perdem a chance de fazer uma piada. Em todo caso, sabemos exatamente a quem estamos nos dirigindo e, frise-se, que esse alguém vai colaborar para que nosso texto tenha sentido, que seja bem-sucedido. Bom texto, portanto, tem a ver com parceria.

Sabemos, por outro lado, que temos amigos e amigos. Tenho alguns que teriam muita dificuldade de me perdoar uma vírgula errada e outros que me perguntariam o que é uma vírgula.

Em síntese: é essa imagem mais ou menos nítida de nosso interlocutor a primeira pista que devemos seguir quando escrevemos.

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