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Lizely Borges, coordenadora da Central Jovem de Comunicação |
Lizely Borges, coordenadora da Central Jovem de Comunicação| Foto:

O estudante que, antes de ir para casa, garante o almoço; o casal que economiza durante a semana para sobrar o da costela dominical; o aposentado que vem da Barreirinha ("não pago ônibus e não tenho o que fazer...") e até o dono de uma loja de confecções do Centro de Curitiba. Todos aproveitam o Restaurante Popular, com um bom almoço a um real, na Rua da Cidadania da Praça Rui Barbosa. Na sexta-feira, os 2 mil pratos diários acabaram antes da 13 horas.

Conversa afiada

A moçada chama às falas

Os 22 adolescentes da Central Jovem de Comunicação – oficina promovida pelo Instituto de Defesa dos Direitos Humanos, o Iddeha – acabam de redigir um manifesto com 25 petardos à imprensa. O documento questiona a confusão que a mídia faz entre ser pobre e morar longe e ser violento e desinteressado. E a turma avisa: chega de chamar grafite de pichação. A jornalista Lizely Borges, 27, coordenadora do projeto, fala à Gazeta.

De que mundo vêm esses jovens?

Não quero repetir chavões e dizer que são excluídos. São meninos e meninas iguais aos outros, com vontade de ser ouvidos.

O que mais os incomoda?

Se verem reduzidos a moradores de espaços violentos. Apesar da pouca idade, muitos ajudam a manter suas famílias.

Você se surpreendeu com o manifesto?

Não. Conversamos muito sobre como a mídia mostra o jovem da periferia. E eles comentam o que sentem. Ficam assustados quando a gente mostra o espaço que lhes é dado na imprensa: não passa de 30%.

Alguns projetos sociais demonizam a mídia...

Não é o caso. Esses jovens dominam celulares e computadores, mas sentem dificuldade nas relações interpessoais. Os meios de comunicação são um canal para eles construírem uma identidade.

Arma em casa

Salésio Nuhs, coordenador da Campanha de Recadastramento de armas diz que, na Octoberfest, quem for recadastrar só leva documentos pessoais e as informações sobre a arma. É possível também fazer o recadastramento pela internet: www.recadastramento.org.br.

Com carinho

Ao mestre, com carinho. A frase se encaixa como uma luva no caso do II Simpósio Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva, que o Instituto Jacques Perissat promove em Curitiba em novembro. Entre os conferencistas que virão a Curitiba está o próprio médico cirurgião francês Jacques Perissat, precursor e ícone da videocirurgia, também conhecida como laparoscopia. Batizar o instituto de Jacques Perissat foi homenagear, em vida, o mestre do grupo de médicos que o compõe. Informações: (41) 3317-3080.

Aranha-marrom

Ninguém sentiu falta, mas elas voltaram. As aranhas-marrons, praga curitibana que desaparece nos meses de inverno, já está reapa­recendo nas casas da ca­pital. Nem esperou o tempo esquentar para ressurgir, provando que os ciclos da natureza são fortes e prevalecem mesmo quando o clima não respei­ta a mudança de estação. Em alguns casos, ela apa­receu porque a chuvarada molhou o forro – um de seus hábitats usuais.

* * *

"O tempo é o maior, mais completo e mais complexo arquivo do universo."

João Darcy Ruggery, advogado e escritor paranaense.

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