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  • A produtora Eloá Petreca:, risos toda semana

Vários prédios de Curitiba mantêm verdadeiros jardins em sacadas, que a gente quase não vê pelo simples fato de não desgrudar os olhos do chão. Quem passa pela Rua João Negrão, por exemplo, dificilmente vai olhar para o segundo andar do prédio que abriga o Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Se olhasse, veria esse jardim de palmeiras (foto), bem cuidado, por sinal. E cuidado é fundamental. Não se pode plantar nada com raízes muito profundas, porque isso vai rachar paredes e pisos. Se tiver um vizinho morando embaixo, então, todo cuidado é pouco.

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Conversa afiada

"Rio duas vezes da mesma piada"

A produtora Eloá Petreca, 43 anos, tem no currículo longas como Cafundó, de Paulo Betti, e Quanto vale..., de Sérgio Bianchi, além de umas tantas peças de teatro. Este ano, encontrou um novo desafio: produzir um stand-up do humorista Diogo Portugal, astro de Portugal é aqui, Senta pra rir e Hã. Com sua experiência, além de ajudar o ator, Eloá observa o fenômeno de público em que ele se transformou. Ela garante: "Acho graça a cada show."

Como é produzir o Diogo Portugal?

Eu não pensava que ia curtir tanto, por haver apenas um ator em cena. Mas cuido de cinco personagens que ele faz e o ajudo – junto com a Mara, que está com ele há alguns anos – a mudar o figurino e a maquiagem nos bastidores.

E o público do comediante?

Me surpreendi. Achava que era formado pela rapaziada da internet, mas me enganei. Vem muita gente da terceira idade e pessoas de todas as classes sociais. Às vezes, fico no fundo e escuto o que eles dizem. É bem interessante ver como o público reage de maneira diferente às mesmas piadas.

Seu personagem preferido do Portugal...

Difícil. Adoro o striptease da Pâmela. Como todo mundo, adoro o boy de vila Elvisley. Mas o pessoal adora a Catarina e o porteiro. Os personagens do Diogo têm estrutura – por isso agradam tanto. E nasceram da observação que ele faz dos costumes de Curitiba.

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Tudo no Rio Belém

Leitora que trabalha num prédio do Batel reclama de um efeito colateral da lei que proíbe fumar em locais fechados. "Agora, todos descem para a calçada, fumam seus cigarros em grupo e, não raras vezes, jogam as bitucas por ali mesmo", sintetiza. Ela tem razão em reclamar: as bitucas podem ser levadas pela chuva para as bocas de lobo, onde contribuirão para entupir os esgotos e para sujar os rios de Curitiba. Um filtro do cigarro pode demorar até cinco anos para se degradar.

Fechando os vidros

A falta de segurança já recomenda circular de vidros fechados pelas ruas de Curitiba, principalmente no caso de mulheres sozinhas no carro. Mas agora uma jornalista encontrou outra razão para se trancar no veículo: o barulho dos alto-falantes dos carros de campanha eleitoral. Ela andava pela Avenida Batel e, bem ao lado, encostou um carro desses, com paródias musicais e loas ao candidato tal. "Fiquei irritada e fechei os vidros", disse a moça.

Rebaixada, mas perigosa

Na Rua Fernando Moreira – a chamada "Rua do Rio" – quase esquina com a Visconde de Nácar, há uma daquelas guias rebaixadas para cadeirantes, bicicletas, carrinhos de bebê e afins. Só que a guia está distante da faixa de pedestres. Quer dizer, quem a utiliza corre riscos de vida por cruzar a pista em meio ao tráfego. Incompetência do poder público? Não daria para mudar a localização?

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"Ainda que separadas pelo tempo, saudade e felicidade, viajam sempre muito próximas."

João Darcy Ruggeri, advogado e escritor paranaense.

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