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Em áreas de Curitiba sujeitas a alagamentos durante as fortes chuvas dos últimos dias, é comum ver colchões, sofás e tapetes colocados em pontos estratégicos para que sejam levados pelo lixeiro. No caso da foto, porém, além do estrado de madeira e do sofá velho, perfeitamente aceitáveis porque se trata de uma área alagadiça, várias carcaças de TV e tubos de imagem foram abandonadas. Dá a entender que algum dono de eletrônica quis aproveitar a oportunidade para descartar seu lixo.

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Se eu fosse...

"Vamos imaginar uma reviravolta muito grande – porque do jeito que está eu nunca seria presidente da República... Sabe o que eu faria? Igualzinho ao que o Lula está fazendo. Não está todo mundo gostando? Pois é, pra que mudar, então? Eu podia até inventar alguma coisa nova pra melhorar a vida do povo. Que tal criar um plano de auxílio funeral para as famílias pobres?"

Matraca (apelido), guardador de carros na região da Rodoferroviária de Curitiba.

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Lugar para obesos

As vagas preferenciais nos ônibus de Curitiba são para idosos, deficientes, grávidas, mulheres com crianças de colo e obesos, e os bancos têm a cor vermelha. Infelizmente, quase ninguém dá bola para isso. Principalmente em se tratando de obesos em busca de um lugar. Às vezes, as pessoas idosas conseguem sentar, quando o rapazque está no banco preferencial não faz de conta que está dormindo. A grávida às vezes também consegue, mas o obeso... esse que se vire. Que vá fazer regime, disse um dia uma garota de seus 18 anos.

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Pista off-road

Sabem aquelas pequenas ruas de bairro que de repente passam a receber tráfego pesado? É o que aconteceu com a Ladislau Kula, que passou a ser a principal ligação entre a BR-277 e os bairros Cascatinha, Santo inácio e Santa Felicidade. E é único acesso a uma universidade. Foi alargada e recebeu um precário antipó, insuficiente para o grande número de veículos e ônibus que por ali passam. Não existem calçadas para pedestres e os sucessivos remendos no velho antipó apenas produzem buracos que tornam a rua perigosa – uma verdadeira pista off-road. O 156 da Prefeitura já ouviu isso centenas de vezes.

"Está se achando..."

Uma dessas estátuas vivas que se exibe seguidamente no calçadão da XV costumava colocar um cartaz no chão, ao lado da base onde subia, e onde informava que "fotos com o artista custam R$ 2,00". Nada mais justo: é direito do artista buscar formas de ganhar com seu trabalho. Mas uma mulher que passava pela rua leu a mensagem e comentou com os passantes: "Ele está se achando!". Talvez a "estátua" tenha ouvido e captado a mensagem, porque no último sábado o cartaz não estava presente.

Cantor da harpinha

Leitor diz que gosta de ouvir as várias manifestações artísticas espalhadas por calçadões e praças de Curitiba, mas confessa que fica constrangido quando passa por um homem que, tocando uma harpinha de brinquedo, canta suas músicas com voz fanha. Para ele, o pobre homem parece estar ali forçado por alguém, porque não tem a mínima condição de cantar. A coluna já abordou esse caso mas, como a rua é mesmo democrática...

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"Todo homem tem horas de criança, e infeliz daquele que não as tem."

M. Mendendez y Pelayo, poeta espanhol.

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