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 | Daniel Castellano/GP
| Foto: Daniel Castellano/GP
  • Vera Buck:, inventário da empresa que projetou o Paraná

Os buracos, como bocarras abertas prontas para danificar nossos carros, estão espalhados por todos os bairros de Curitiba, dos mais carentes aos mais sofisticados. Mas o problema é maior onde só existe antipó ou onde o asfalto é meio fraco, como parece o caso da Rua Roberto Redzinski (foto), no Conjunto Atenas, Cidade Industrial de Curitiba. Um dia a chuva vai parar. E é bom a Prefeitura programar mais dinheiro para a recuperação das ruas de toda a cidade.

Conversa afiada

A firma do Pimenta

A escritora Vera Buck gosta de escrever sobre o mar. Mas tempos atrás se deu conta de que precisava contar outro tipo de história – a história de uma corporação que por meio século representou uma das glórias da economia paranaense, exportando de aquecedores e saunas móveis a lustradores de sapatos. O resultado é Climaterm – a trajetória de uma empresa, produzida com base em arquivos e na memória. O marido de Vera, Renato Pimenta, dividiu a presidência com dois alemães foragidos da Segunda Guerra e foi gestor do grupo por boa parte do tempo em que existiu.

Empresas não vão para o céu...

Caminham para o esquecimento. Por isso decidi escrever esse livro, lembrando dos guerreiros Karl Gross, Paul Günther Berndt e Renato Böemer Pimenta. Foi uma iniciativa minha, ninguém me pediu. Eu sou assim. Quando as pessoas descobrem, já está feito... (risos)

Como tudo começou...

Em 1957. Mas o Gross ficou pouco. Ele e a mulher não se acostumaram com Curitiba. Fui até a primeira fábrica e quase caí de costas: um barracão de 100 metros quadrados, sem janelas. Lembrei de tudo o que o Renato alcançou. Distribuímos para o Brasil, chegamos a empregar 100 pessoas. Fizemos o primeiro aquecimento solar de Curitiba. As modelos das propagandas eram minhas sobrinhas. Todos queriam saber quem eram as moças da Climaterm.

O que atrapalhou...

Os produtos da China, a preço de banana. A gente tinha do que se orgulhar e não queríamos diminuir a qualidade. Preferimos fechar.

Galochas de presente

Com tanta chuva, as verdadeiras galochas, aquelas de borracha, de colocar sobre os sapatos, podem se transformar em presentes úteis. Elas devem ser compradas sempre um número acima dos sapatos normais – para sapatos sociais, porque tênis e sapatos com solas grossas vão exigir uma prova in loco. Convenhamos que elas são um trambolho, mas pelo menos deixam os pés sequinhos. Na tradicionalíssima Casa Edith, um dos raros lugares onde são encontradas, elas custam pouco mais de R$ 32.

Dólares falsos

Comerciante da região do Largo da Ordem reforça alerta feito pela coluna outro dia, sobre a circulação de dólares falsos na cidade. Segundo ele, duas mulheres estrangeiras, falando espanhol, tentaram comprar cigarros com uma cédula de 100 dólares. O sino-moçambicano sentiu a fisgada, gaguejou e disse que não sabia a cotação. Uma das mulheres prontamente declarou: "um ponto meia meia". Aí o dono do estabelecimento disse que só trabalhava com reais, mas uma delas insistiu: "E quanto o senhor oferece?". Claro que a nota era falsa.

* * * * *

"O ocaso acontece por acaso, ou ambos mantêm secretamente um caso?"

João Darcy Ruggeri, advogado e escritor paranaense.

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