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  • Rafael Bonfim, cadeirante

No ano passado, a prefeitura fez o recapeamento de várias ruas do centro de Curitiba, mas a pintura das faixas de rolamento não acompanhou a presteza da reforma. Dezenas de vias ficaram meses sem as faixas brancas que orientam os motoristas, sem as faixas amarelas que proíbem o estacionamento e sem os "yellow box" – as caixas amarelas pintadas nas esquinas para inibir o avanço dos veículos quando o tráfego para. A esquina da Conselheiro Laurindo com André de Barros (foto) era uma delas. Agora, está tudo pintadinho.* * * * *Conversa afiada

Um blogueiro de cadeira

O jornalista Rafael Bonfim, 27 anos, assina desde a última sexta-feira o blog "Inclusilhado", última novidade no site da Gazeta do Povo. Rafa – funcionário da Editora Aymará – é cadeirante "de nascença", como ele brinca, e enfrenta a cidade todos os dias. É disso que vai tratar.

Que dificuldade de locomoção você experimentou "já hoje"?

Nenhuma (risos). É que agora ando de carro. Do contrário, não saberia o número de ônibus adaptados que estariam em rodízio e quanto tempo ia ficar esperando no ponto para poder chegar ao trabalho.

O que você espera dos leitores do "Inclusilhado"?

Que falem de suas experiências. Minha expectativa é ouvir histórias de personagens, conversar com eles e fazer com que se encontrem no blog.

Quais os temas mais quentes?

Acessibilidade na cidade, sem dúvida. Pega muita gente. Passa pelas calçadas, mas também pelo orelhão. Outro grande assunto é o das escolas especiais. Precisamos discutir se elas funcionam e por que uma boa parte dos deficientes não chega às faculdades.

Comportamento está na pauta?

Claro. Essa conversa tem a ver com a família dos deficientes, com os padrões de be­­leza vigentes, com nosso comportamento quando estamos em grupo – num shop­­ping ou num time de futebol para cadeirantes. Ao falar de cegos, surdos e de pes­­soas que não andam podemos falar de qualquer coisa. Tudo tem a ver com a gente.

Serviço: www.gazetadopovo.com.br/blog/inclusilhado

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Cães nos terminais

Quem passa por terminais de ôni­­bus de Curitiba está acos­­tu­­mado a ver cães vira-la­­tas de todos os ta­­ma­­nhos, deitados pelas calçadas e atrapalhando o acesso das pessoas às plata­­formas. Segundo um lei­­tor, ele foi atacado por um deles no terminal do Campo Comprido. O pior, segundo conta, é que, ao alertar o funcionário da Urbs, "o mesmo respondeu com ironia que eu deveria dar a volta para entrar na outra entrada do ter­­minal, que lá não tinha cachor­­ro". Segundo esse leitor, os funcio­­nários inclusive tratam os cães.

Os gregos de hoje

Quem "viu" (nos livros de História) a Grécia da época das con­­quistas e do florescimento cultural, dos filósofos e das artes e a vê agora em convulsão, greves, protestos, à beira do abismo, se já não tinha entendido, tropeça em fatal conclusão: a História é mesmo paradoxal e de modo algum caminha linearmente. Em crise, o país vai receber a maior ajuda que o Fundo Monetário In­­ternacional (FMI) e a União Europeia já concederam: 110 bi­­lhões de euros para tentar salvar a endividada e deficitária eco­­nomia grega. E as demais economias sensíveis – como a do Brasil.

ACOA pede ajuda

É hora de ajudar a ACOA, uma instituição séria que cuida de crianças soro-positivas em Curi­­tiba. A instituição divulga uma lista de necessidades ur­­gentes, a começar pelas alta­­mente prioritárias: carne, óleo, mucilon, leite des­­na­­tado, açúcar, leite em pó NAM 1RN, carne moída, gelatina, arroz, suco de soja, acho­­co­­latado, leite em pó, ovos, shampoo, condicionador, enfim... In­­formações: (41) 3248-0583.

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"Mãe! Coluna que não verga ante o peso do filho, mas que, entretanto, se curva no momento da prece por ele.

João Darcy Ruggeri, advogado e escritor paranaense.

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