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  • Dom Pedro Fedalto, arcebispo emérito de Curitiba

Uma dessas duplas de cantores peruanos se apresenta na Boca Maldita de Curitiba e faz um sucesso um pouco maior que a média desse tipo de grupo porque toca e canta música gospel. Exatamente as mesmas músicas cantadas na maioria das igrejas evangélicas brasileiras. Os dois cantam razoavelmente e fazem duetos agradáveis ao ouvido. Claro que, de vez em quando, puxam aquelas flautas de bambu e outros instrumentos andinos, para não perder o sotaque.

Conversa afiada

Pedro de volta ao começo

Nos últimos cinco anos, o arcebispo emérito de Curitiba dom Pedro Fedalto aproveita a Semana Santa para voltar às origens. Ele celebra as cerimônias mais importantes do catolicismo na Colônia Rebouças, em Campo Largo, onde nasceu. Ali moram 300 pessoas, de 80 famílias, incluindo os Fedalto. Aos 84 anos, "apenas, pois falta muito para 100", o pastor não tem parada: faz longas jornadas de confissões e segue as procissões a pé.

O senhor tem predileção por algum momento da Semana Santa?

Todos são emocionantes, como o lava-pés. Mas nada supera a Vigília Pascal. É muito bonita. E na colônia tem um belo coral, ensaiado por minha sobrinha, Rosângela. Ainda faço os solos das partes que me cabem da cerimônia.

Qual vai ser o tom de sua homilia nesta festa da Páscoa?

Vou falar da vida – e para tratar disso terei de comentar as injustiças, a violência, o enriquecimento de poucos e o empobrecimento de muitos. O sermão não vai demorar mais do que 15 minutos. Minha gente já está bem convertida (risos), pois acaba de participar de uma missão capuchinha.

O que tem pedido a Deus, em especial, nesta semana?

Pela paz mundial. E tenho rezado pelo Papa Bento XVI, que está sofrendo muito com os problemas de ordem moral na Igreja.

Água suja

Vizinhos do hospital psiquiátrico do Bom Retiro estão incomodados com a água suja que é despejada em frente à rua da instituição, diariamente. As poças se acumulam no meio-fio e a passagem dos veículos espirra a sujeira para todo lado. Quem passa pelo local não sabe se a água tem algum tipo de resíduo hospitalar ou se é contaminada com sangue e medicamentos, por exemplo.

Exploração explícita

Aí vai uma dica para o Conselho Tutelar, Juizado da Infância e quem mais tiver obrigação legal de zelar pela dignidade da criança. Na Rua Dr. Pedrosa, quase na esquina da Brigadeiro Franco, um casal bem jovem ocupa a soleira de uma porta durante o dia. O rapaz e a moça conversam à sombra, bem instalados, mastigando salgadinhos, garrafinha de água(?) à mão. Sua única ocupação é, a cada vez que o sinal fecha, empurrar para o meio da rua um menino franzino, ainda na troca dos dentes de leite, que oferece balas de goma para os motoristas.

O preço é surpresa

Experimente ligar para uma dessas empresas que vendem colchões magnéticos e terapêuticos e perguntar o preço dos produtos que oferecem. É bobagem. Não fornecemos preço por telefone, diz a atendente, que logo acrescenta a disponibilidade de um vendedor que vai até a sua casa e explica tudo. Ah, o vendedor também não pode ligar para você e passar o preço. Isso é segredo de estado, ao que parece. Por que a gente vai receber alguém em nossa casa se é bem possível que o preço esteja fora de nosso alcance?

"Cruz não é sinônimo de sacrifício, mas sim de amor. E é o símbolo da Ressurreição."

João Darcy Ruggeri, advogado e escritor paranaense.

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