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Amigos são como as estrelas do firmamento. Um número muito pequeno deles é tão importante para nós como o sol. Nos iluminam. Nos aquecem no inverno da vida. Sabemos que podemos contar com eles. Ainda que se escondam atrás de pesadas nuvens negras, são infalíveis. Temos a certeza de que sempre voltarão após as tempestades.

A maioria das amizades, porém, é como as demais estrelas – o que não as desmerece; muito pelo contrário. Nas escuras noites por que passamos, nos enchem de luz e beleza – desde, é claro, que estejamos dispostos a desviar a visão de nossos umbigos para erguer o olhar ao alto.

Alguns amigos estão sempre juntos, como se fizessem parte de uma constelação. Esses nos encantam pelo conjunto que formam. Outros são solitários, com luz intensa ou tênue. Costuma­­mos dar mais atenção aos primeiros – ainda que a intensidade com que reluzam possa ser uma simples questão de distância relativa. Afinal, algumas das estrelas apagadas que vemos são tão maiores e mais quentes que o nosso próprio sol. Seu brilho só nos parece tíbio porque estamos apartados, muito apartados. Precisamos ter isto sempre em mente: a distância pode nos impedir de ver os amigos como eles de fato são.

Há ainda as amizades efêmeras. Embelezam a existência durante um átimo. São como estrelas cadentes. Ou como as supernovas. Surgem do nada, brilham intensamente por um curto período e, depois, se apagam. Deixam, no entanto, uma agradável sensação.

Também não podemos deixar de nos lembrar das amizades que se assemelham aos cometas – as estrelas com caudas, como diziam os antigos. São raras, belas e cheias de simbolismos. Passam por nossas vidas e se vão. E nos legam a saudade e a espera por um retorno.

Há ainda aqueles amigos que nos ajudam a encontrar o rumo em nossa jornada pelo desconhecido, tal qual faziam a Estrela Polar e o Cruzeiro do Sul com os pioneiros navegantes que singraram os oceanos. Há por fim os que se assemelham à Estrela de Belém. Raríssimos e únicos, nos guiam pelo caminho que leva ao verdadeiro significado da vida.

Lembremo-nos disto quando olharmos o firmamento noturno: amigos são como estrelas. Lembremo-nos das amizades ao apreciarmos as luzes de Natal – que nada mais são do que o símbolo do céu estrelado daquela noite mágica de dois milênios atrás. Que cada estrela, real ou simbólica, seja um aviso luminoso para não nos esquecermos dos amigos.

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