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De aperitivo, aliás, bem a propósito, a comemoração do Beronha com a classificação do México:

– Sem Torrado a Copa perderia a graça...

Agora, tentando falar sério. O futebol brasileiro, como todos sabem, foi expropriado. Isso já tinha ocorrido com o carnaval carioca. Baniram a festa com bandeironas nos estádios, jogaram os preços dos ingressos lá em cima. O fosso entre uma arte popular e o seu até então autor-proprietário, o povo-povão, tornou-se abissal, intransponível.

Talvez não possa ser diferente. Basta ver o que ocorre na gloriosa Arena da Baixada. Com toda aquela sofisticação (a começar pelos banheiros, dignos da corte britânica), como "liberar" o acesso ao cidadão salário mínimo?

É forçoso reconhecer, porém, que o doutor Petraglia tem razão: como já afirmou em diversas ocasiões, futebol virou apenas um dos itens do menu de um clube moderno.

O futebol expropriado fica patente na Copa da Alemanha, transformada em um dos eventos esportivos mais lucrativos da história. Só em comerciais de televisão, anúncios impressos e outdoors foram investidos mais de US$ 1 bilhão. Algumas marcas aproveitam para lançar novos produtos e aumentar as vendas em países previamente selecionados (sic).

Sem endossar nenhuma teoria conspiratória (manipulação de resultados etc), imagina-se qual seria o baque econômico e financeiro caso as "grandes" seleções dançassem logo de cara e a final fosse Irã x Costa Rica, depois de oitavas com Togo, Angola, Sérvia e Costa do Marfim. Para muita gente ($$$), uma tragédia total, mas que seria engraçado, isso seria.

Vai que é tua, Flávio

Com vocês o comentário de Flávio de Jesus Stege Júnior, direto do Luzitano, exclusivo para a coluna:

Quando o Brasil entrou em campo contra o Japão, quinta-feira, todos pensavam com seus botões (ou copos): será que agora vai? Realmente foi. Com as substituições feitas pelo Parreira, o time jogou finalmente o que se esperava. Ronaldo marcou dois – um deles de cabeça, que não é o seu forte – e acabou com as cobranças sobre sua condição de marcar, que estava sendo colocada em xeque pela imprensa.

Destaque também para a atuação de Juninho Pernambucano, que fez o meio-de-campo funcionar.

Contra Gana – que saiu do verdadeiro grupo da morte –, o time titular fatalmente irá voltar porque é jogo pra valer. E todo o cuidado é pouco. Mas a seleção voltará confiante, sabendo que, a qualquer momento em que a partida complicar, poderá contar com um treinador que deixou 1994 para trás.

A Copa começou pra valer.

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