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Ziquita (atrás) observa o lance no clássico | Arquivo/GRPCOM
Ziquita (atrás) observa o lance no clássico| Foto: Arquivo/GRPCOM
  • Atlético e Colorado se pegam na Vila

Atlético e Colorado. Temporada de 1978. Campeonato Paranaense. Você certamente já deve estar pensando: "É o jogo do Ziquita". É, mas não é. Trata-se da partida seguinte "daquilo tudo que aconteceu naquele dia".

A expectativa, claro, girava em torno do centroavante rubro-negro – como todo mundo sabe, ou deveria, autor de uma das maiores proezas da história, quatro gols em 12 minutos que empataram o encontro anterior entre as equipes (4 a 4). Mais de 13 mil pessoas foram à Vila Capanema no domingo dia 19 de novembro.

Adivinha o que fez Ziquita, o astro daquela tarde de domingo, dia 19 de novembro? Nada. E aí não se pode culpar o caneludo avante, de forma alguma. Afinal, quantas vezes Leonardo da Vinci pintou a Monalisa? Quantas vezes Pelé fez um gol como o da final contra a Suécia em 1958? Quantas vezes o Psirico compôs Lepo-Lepo? Então, uma só.

Atuação discretíssima, em boa parte, graças à marcação cerrada da defensiva boca-negra ao camisa 9 atleticano. Por 90 minutos, o zagueiro Zequinha vigiou Ziquita como fosse um Beatle. Talvez por isso Rotta tenha sobrado livre para mexer no placar da Reta do Relógio logo nos primeiros minutos.

Rodados 13, Carlos Roberto cobrou mini escanteio na área, Zequinha e Levir partiram para cima de Ziquita e o catarinense batizado Geime desviou para o fundo das redes de Célio. O arqueiro ainda se esticou todo, mas não conseguiu evitar o pior.

A partir daí, as defesas se sobrepuseram aos ataques, sem lances de forte carga dramática. Apenas aos 30 minutos da etapa final um novo gol esteve próximo de nascer. Boa trama ofensiva do Colorado que terminou em defesa firme de Tobias.

Sete minutos mais tarde, a única investida de Ziquita ao longo de todo o confronto. O goleador rompedor deixou Zequinha na saudade, superou Carlos Alberto e atirou violentamente contra a meta de Célio, que defendeu. Nos minutos finais, os donos da casa ainda deflagraram pressão na área visitante, sem sucesso.

Na sequência, Atlético e Coritiba decidiram o Estadual. Possivelmente, a mais decepcionante finalíssima de toda história. Em três clássicos Atletibas, ao todo mais de 150 mil pessoas reunidas no Couto Pereira e nenhum golzinho sequer. O título foi parar no Alto da Glória nos pênaltis.

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