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Quem conta é o amigo Ricardo MacDonald Ghisi. Num jantar na casa do Augusto Canto Neto, saíram várias histórias, como a do médico oftalmologista Paulo Caliari, que, por sinal, atende todos os companheiros do clube.

O Mac contou que o Caliari estava em seu consultório quando entrou um senhor de muletas, e ele perguntou:

– Foi grave o acidente?

E o homem respondeu:

– Não. É paralisia infantil...

Um novo "joão-de-barro" – Um grupo de freqüentadores da sauna foi pescar no Mato Grosso e quando o ônibus passava por um grande descampado, um deles – funcionário da Emater –, olhando pela janela, comentou:

– Ué! Aqui, o "joão-de-barro" (o pássaro) faz ninho no chão?

Eram cupinzeiros.

A "homenagem" ao prefeito – Numa progressista cidade do Norte do Paraná, o prefeito derrubou a zona do meretrício para urbanizar e abrir uma avenida. As "moças" revoltadas, por perderem seu ponto, se reuniram para protestar por meio de um abaixo-assinado.

Começaram discutindo o tratamento ao prefeito:

Uma sugeriu:

– Excelentíssimo Dr. Prefeito.

– Não! disseram outras. Não vamos tratar assim quem nos persegue.

Outra sugeriu: – Digníssimo Sr.. Sugestão também não aprovada, até que a "senhorita" mais velha achou o tratamento ideal:

– Meu filho...

A libido dos "imortais" – O Colégio Decisivo trouxe a Curitiba diversos "imortais" da Academia Brasileira de Letras, para palestrar sobre obras literárias.

Conta o professor Jacir Venturi que, numa mesa de jantar, sorvendo um bom copo de vinho, Carlos Heitor Cony instiga Nélida Piñon sobre o prazer da leitura:

– A leitura é a coisa mais erótica da vida – provoca Nélida, com um sorriso malicioso.

– A leitura é o maior prazer da vida, depois daquele outro – gargalha Cony.

O vício do "Latinha" – Na década de setenta, quando enlataram os refrigerantes e as cervejas, o bancário Altamir Antonio Gugelmim trabalhava em Jacarezinho e tornou-se fã incondicional da novidade, o que lhe rendeu o apelido de "Latinha".

Outra característica do "Latinha" era o hábito de usar uma baita blusa de lã felpuda sempre que ia ao cinema, tanto nos dias frios ou quentes, sob o argumento de que lá dentro estava sempre frio, devido ao ar-condicionado.

Num domingo quentíssimo, na secção da noite, o ar-condicionado pifou e o "Latinha" tirou a blusa, enrolou-a, e encostado na parede, apoiou a cabeça, enquanto apreciava o filme e tomava uma Coca geladinha.

Acordou de madrugada, sozinho, sala escura e completamente fechada. O jeito foi dormir até amanhecer segunda-feira, quando as faxineiras chegaram, como conta o Patrício Caldeira de Andrada.

O esperto Davino – Davino Nascimento de Freitas, nos anos 60, foi ídolo do Rio Branco de Paranaguá. Contratado pelo deputado federal Basílio Vilani para defender o time da Associação Bamerindus, que acabou bicampeão brasileiro de futebol bancário.

Nos anos oitenta, integrava o América um time que agregava gerentes do banco. E em1989 foram disputar um torneio em Toledo. Um dos jogos foi marcado bem cedo, pois à tarde a seleção brasileira iria jogar e todo mundo queria assistir.

No hotel, onde os "craques" estavam hospedados, tão logo chegaram encontraram no salão um tremendo bufet com tudo de bom.

Lá pelas tantas, aparecem vários craques profissionais do Coritiba – estavam lá o técnico Edu, irmão do Zico, Tostão, Serginho, Toinho, Viça, Kazu, Carlos Alberto.

Meio perdidos foram "atendidos" pelo Davino que orientou-os:

– O salão de vocês é lá embaixo!

No intervalo do jogo da seleção, Davino foi chamado pelo gerente que estava acompanhado pela turma do Coritiba.

– Como é que o senhor me diz que pertencia ao Coritiba? Faz o favor: a sala de vocês é aquela lá embaixo.

Resposta do Davino:

– Desculpe, mas eu entendi que o senhor me perguntou se eu era de Curitiba!

Letícia e o afogado – Andréa, filha de Hamílton Ganho, dono do Ball Bull, contou para Luciane, mãe da Letícia, 7 anos, que em São Paulo, um menino de 1 ano caiu dentro de um balde e morreu afogado.

A Letícia dirigindo-se à tia, perguntou:

– O menino não sabia nadar?

A Vespa do libanês – Conta o médico Zenon Herrea que o dr. Salim Acras, conceituado médico gastroentereologista radicado em Ponta Grossa, lembra uma história do seu avô, ao se referir às vespas, assim definia o inseto:

– Bespa é um bassarinho bequinininho, breto, "faz bzzzz", tem agulinha na traseira, e barece obelha...

Frango assado era o prêmio – Dona Luzita Mossurunga, a caçula de uma prole de 13 irmãs, sobrinha do maestro Bento Mossurunga, é atleticana de quatro costados e, até pouco tempo, não perdia jogo do Furacão. Hoje, no alto de seus poucos mais de 80 anos, já não tem pique para acompanhar o time.

Nos tempos de Silas, Damião e Guará e outros, a maioria amadores, a cada jogo que o Rubro-Negro ganhava ela resolvia dar um presente àquele que ela achava ter sido o melhor em campo: o prêmio era um frango assado.

Essa tradição veio até os tempos em que a dupla de ataque era o Ivan – de saudosa memória – e Walter. O goleiro era o Marco Aurélio. Num jogo, o hoje fazendeiro Marco Aurélio, que anda pelos lados de Maringá, fechou o gol. E dona Luzita levou o frango para o melhor jogador da partida: o goleiro Marco Aurélio.

Resultado: nesse jogo ele comeu um frangaço, como conta o Luiz Fanchin Jr.

A coluna é dedicada ao casal Inês e Luiz Carlos Borges da Silveira, pelo magnífico trabalho que desenvolvem em prol Cidade da Lapa.

Linguado Cabloco

A receita é da chef Renata Khury, do Restaurante Mezda, que vai comandar um dos 18 bufês do Jantar das Estrelas que, pelo décimo ano, será realizado no Clube Curitibano, em favor do Lar o Bom Caminho, dirigido pelo magnânimo médico Júlio Gomel.

A receita é para 4 pessoas e os ingredientes são:

800 gramas de filé de linguado; 400 gramas de arroz branco; 100 ml de leite de coco; 4 maracujás; 30 ml de redução de vinho branco; 4 colheres de sopa de açúcar; uma colher de sopa de sal; 200 gramas de farinha de mandioca; 100 gramas de castanha-do-pará moídas; 30 gramas de manteiga, sal a gosto e pimenta-do-reino moderadamente.

Modo de preparo:

Temperar os filés com sal e pimenta e grelhar; cozinhar o arroz com o leite de coco; abrir os maracujás e colocar a polpa na panela com açúcar, o sal e o vinho e deixar ferver até reduzir. Para a farofa: colocar as castanhas, a manteiga e a farinha e puxar em uma frigideira arte dourar. Servir o molho sobre os filés com o arroz e a farofa.

Para acompanhar o Valdo Santos, sommelier da loja Queijos e Vinhos, Box 276 do Mercado Municipal, sugere o vinho Santola, português da Cave Messias, que é verde e leve e deve ser tomado fresco.

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