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Minha receita

Costela de Forno

Um dos pratos de que gosto muito é a costela de boi. Dia desses achei um novo corte denominado Costela de 3 Ripas, do Frigorífico Frigomarca, de Pedra Preta, Mato Grosso. Assei no forno durante cinco horas em fogo baixo. Segui o seguinte ritual: meia xícara de óleo de milho numa assadeira retangular de alumínio. Ossos para baixo sem qualquer tempero. Depois de duas horas virei com a carne para baixo. Furei com um garfão e apliquei sal fino. Depois de duas horas, tornei a virar com a carne para cima; furei com o garfão e salguei também com sal fino, e apliquei pimenta calabresa e suco de duas laranjas. E assei por mais uma hora. Ficou sensacional: douradinha, suculenta e parecendo um mignon de tão tenra.

No forno, o fogo é regular e, creio, até com quatro horas ficará igual. Dia desses o meu amigo Vilmar Abreu ensinou-me um novo truque: assou a costela usando uma forma com grelha para que a gordura não prejudique o assado. Usou só sal grosso e cobriu só a parte superior da forma com celofane e vedou os quatro lados com fita adesiva. Ficou como uma panela de pressão. Ganhou nota 10 dos seus convidados.

Na década de 20, o casal Jayme (Xaguana Gomes de Sá) Machado Cardoso tinha uma filha, Regina; ao nascer outra menina, os jovens pais hesitavam entre os nomes Rosanne ou Roxana (d'aprés Cyrano de Bergerac, de Edmond Rostand) e Rosy. A opção foi por esse último nome. Sorte da recém-nascida, hoje nossa companheira da Gazeta do Povo, que depois de crescida soube desta história: ela nasceu no feriado de 19 de dezembro exatamente às 9h50min da manhã, dia e hora em que Curitiba, então Curytiba, assistiu à inauguração da primeira rua com asfalto, e uma tia teria sugerido para a inocente menininha o nome Asfaltina.

Detalhe: a parente chamava-se Ambrosina...

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Ezequias, o fazendeiro – Alguns paulistanos têm a idéia fixa de que todo paranaense é fazendeiro, e isso decorre ao verem na TV aquelas enormes filas de caminhões com destino a Paranaguá, transportando cereais, segundo presume e conta o advogado e ex-procurador do estado aposentado Ezequias Cardoso.

E dá dois exemplos:

– Numa delas estava batendo papo com alguns evangélicos no pátio de uma igreja e um deles perguntou qual a minha profissão. Respondi ser advogado da Fazenda Estadual. Desfeita a rodinha, logo em seguida outro paulistano me abordou e disse-me:

– Meus parabéns! Soube há pouco que é fazendeiro no Paraná!

De outra feita, relata o Ezequias, "dois dos meus netos residentes em São Paulo e alunos de colégio particular foram autorizados pela direção do estabelecimento de ausentarem-se por alguns dias, para virem a Curitiba para comemorar o meu aniversário. Então, numa das salas de aula, o professor disse a um deles:

– Então, vai ao Paraná comer um churrasco na fazenda do avô?

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Um objeto "perfurante" – Um vereador de Curitiba, não muito afeito ao anglicismo, criticou em plenário as moças que hoje usam "pilsen" no umbigo, nos lábios, na orelha e até na boca. Obviamente queria dizer "piercing", que quer dizer perfurante na língua inglesa.

Alguns de seus colegas que se negaram a contar o nome do distinto, mas se divertiram indagando, entre eles, qual era a "marca da cerveja pilsen".

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Moro e o japonês – Em um jantar da diretoria do Coritiba, anos atrás, o então conselheiro vitalício Domingos Primo Moro, que já se encontrava com uma idade avançada e não enxergava muito bem, pediu para ao neto Diogo Moro da Cunha para o acompanhar no jantar. Lá se encontravam algumas personalidades da cidade, entre elas o prefeito Cassio Taniguchi. Cassio gentilmente foi cumprimentar o venerando senhor, com quem conversou por pouco tempo.

Logo após a conversa, Domingos, que não estava mais reconhecendo as pessoas, virou para o Diogo e perguntou:

– Quem é esse japonês que veio me cumprimentar?

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Outra do Augusto José – Conta o Patrício Caldeira de Andrada que, "acompanhado pela minha mãe e todos os meus netos, fui ao cemitério Jardim da Saudade renovar as flores do jazigo do meu pai, o saudoso dr. Fernandino Caldeira de Andrada. A enorme quantidade de flores deixadas sobre os demais jazigos por ocasião do Dia de Finados chamou a atenção do pequeno Augusto José, de 3 anos de idade, um dos netos:

– Vô, por que tantas flores?

– É a maneira que as pessoas utilizam para homenagear quem morre.

– Cada flor é um morto?

– É!

Minutos depois, ressabiado, o Augusto pediu para que o avô se abaixasse e falou baixinho:

– Vô, acho melhor a gente cair fora daqui.

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Dicas de restaurantes

O meu prezado amigo e companheiro da Confraria do Macedo, Roberto Barion, diretor industrial da Barion Wafer e Chocolate, indica os seus preferidos:

1) Bar do Vítor – Moqueca de congro

2) Família Fadanelli – Tortellone

3) Baviera ou Tortuga – filé mignon com fritas e saladas.

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- A coluna é dedicada ao jovem empresário Fernando Magalhães, diretor da Academia de Natação Gustavo Borges e que, além de ter sido campeão nas raias brasileiras, hoje é um cozinheiro de primeira coadjuvado pela sua esposa, Adriana Vianna.

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