Pobre, sem troco, mas honesto

• 0

Conta o dentista Patrício Caldeira de Andrada que o advogado Ariel Ventura de Andrade viveu uma situação inusitada ao parar num semáforo no Centro Cívico.

Foi abordado por um garoto de uns 10 anos, acompanhado por uma senhora, que pediu:

– Tio, o senhor tem uma moeda de 20 centavos? É que nós moramos em Colombo e precisamos completar o dinheiro do ônibus.

Sem nenhuma moeda, o dr. Ariel deu-lhe uma nota de 2 reais que foi passada para as mãos da senhora que o acompanhava. Após um rápido diálogo, o guri voltou ao generoso doutor e saiu-se com essa:

– Tio, o sr. não tem 20 centavos trocadinho. É que nós não temos troco para dois reais...

Zé Wilker – Dias atrás, o empresário Aldo Malucelli foi avisado, por uma recepcionista novata do Canal de Negócios, que estava na portaria o radialista José Wille.

Como o Zé Wille é de casa, Aldo estranhou, mas deu ordem para ele entrar.

Foi surpreendido, pois quem adentrou a sua sala foi famoso ator José Wilker, que veio a Curitiba lançar o filme "O maior amor do mundo", dirigido pelo Cacá Diegues, onde ele é uma das estrelas.

O gentil Daniel Moro – Dia desses, Daniel Moro da Cunha foi almoçar com Guilherme Pinheiro Lima e Luís Henrique Pinheiro, seus colegas do Paraná Banco, no Shopping Greentower, no início da Rua Emiliano Perneta.

Durante o almoço, recebeu uma ligação de sua namorada, Patrícia Derksen, que estava almoçando na Pizza Hut. Contam seus amigos que ele comeu apressado, pois iria encontrá-la. Eles o aconselharam a ir a pé na Pizza Hut, que é na Avenida Batel, pois àquela hora o trânsito é lento e o local, difícil de estacionar. Ele obedeceu. Ao chegar lá, ligou para a namorada dizendo que estava em frente do restaurante. Ela respondeu que também estava em frente da pizzaria, mas que não estava localizando-o.

É que ela estava no Hut do Ecoville. Moro voltou para o Greentower, triste, suado e com o joelho, recém-operado, inchado.

Um carneiro no buraco diferente – Reunidos no boteco do Toninho Stella, tradicional ponto de encontro de amigos no Batel, um grupo começou a discutir a possibilidade de fazer um carneiro no buraco, que seria ensinado pelo Nílson Piacentini, que é lá de Campo Mourão, onde o prato foi idealizado.

Estavam presentes também os engenheiros Egil Araújo e João Lacerda e o empresário Albari Palmito. Perguntaram como era a receita e o Nílson foi falando da profundidade do buraco, da lenha até a boca, pedaços de carneiro, dos legumes e frutas e do litro de 12 anos J. Walker.

Aí o Egil perguntou;

– Tempera com uísque?

– Não! É para tomar cowboy enquanto prepara o carneiro.

Surgiram as perguntas: quem tem panela grande de ferro? O Egil diz que tem, mas não tem tampa. O Lacerda tem, mas é de alumínio e não serve. O Palmito tem de ferro, mas é pequena.

Como estava difícil acertar a panela, o Lacerda propôs:

– Vamos nos reunir e tomar o 12 anos.

O Egil, indignado, pergunta:

– E o carneiro?

Lacerda retruca:

– O carneiro que vá para o raio que o parta...

O craque Tozinho – O cartorário Ítalo Conti Jr, o Tozinho – é fá de futebol e praticante assíduo –, deslumbrou o médico Júlio Gomel que assistiu a um dos treinos no Clube dos 30, lá em Santa Felicidade. Depois de algumas jogadas de craque, marcou um gol de letra.

Gomel fez o elogio de viva voz e ouviu o agradecimento:

– Júlio, seu eu tivesse 30 anos menos e mais 30 centímetros de altura, o Ronaldinho teria um sério rival.

A escorregada do dr. Haroldo Lobo – O médico Haroldo Lobo, sempre elegante e gentil, foi recentemente para a Alemanha com sua esposa, a parnanguara Simone Bufara, e, em Berlim, foi visitar a Sony Center, no Potsdmar Ploatz, um bairro chique.

Com sua maquina fotográfica digital, tirou algumas fotos com dona Simone em primeiro plano e pediu a um alemão, que estava também com sua esposa, que tirasse uma em que ele apareceria com sua mulher.

Depois se prontificou a tirar uma foto do casal e eles acederam todos sorrisos e lhe deram a sua maquina digital, por sinal das mais modernas e caras.

Haroldo foi infeliz ao recuar para encontrar um bom ângulo, não viu um objeto à sua retaguarda e caiu de costas espalhafatosamente derrubando inclusive a câmera, que ficou totalmente danificada.

Haroldo garante que "quase" morreu de vergonha.

Moqueca capixaba

A receita para duas pessoas é de autoria do chef Júlio Lemos de Vitória (ES) e é executada em Curitiba pela Jacilda do Rocio, chef do restaurante Bar do Vítor, que é um dos melhores de nossa capital, especializado em frutos do mar.

Ingredientes: 350 gramas de galo, em postas; 100 gramas de camarão limpo; 24 ml de azeite de oliva; um dente de alho picado; dois tomates cortados em cubos; ¼ de maço de coentro picado; uma colher de sopa de colorau; meio limão e sal a gosto.

Preparo: Tempere as postas com sal e limão. Em uma panela de barro, aqueça o óleo de oliva e doure levemente o alho. Forre a panela com metade do tomate, cebola e coentro. Distribua as postas do peixe, ponha os camarões e cubra com o restante dos temperos. Dissolva o colorau em meio copo de água e adicione. Acrescente algumas gotas de limão e deixe ferver por 10 minutos.

Obs: O peixe, além do galo, pode ser pescada amarela ou badejo.

O especialista Luiz Groff, dono da loja Vino In Veritas, indica para acompanhar o chileno Montes Chardonnay Reserva, branco, mas pode também ser bebido o tinto leve Amayna Pinot Noir.

A coluna é dedicada ao cantor curitibano Zé Rodrigo, que lançou o CD da Soulution Orchestra, com grandes sucessos de soul, jazz e rock’n roll.