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Brachola

A brachola é um enroladinho de origem italiana com os seguintes ingredientes para 4 pessoas: 12 bifes de patinho, de 10 x 10cm; 12 fatias de bacon com 8cm cada; três cebolas picadinhas; 12 dentes de alho amassados, 12 tiras de pimentão vermelho e um pouco de pimenta vermelha; 500 gramas de puro purê de tomate. Sal a gosto, óleo de milho e suco de dois limões.

Para preparar, misture os temperos com os bifes e espere pelo menos 3 horas antes de usar. Depois, enrole os bifes recheando com o bacon, um dente de alho amassado, uma tira de pimentão e um pouco de cebola. Prenda, depois de enrolados, com um palito (molhe os palitos em água fervente para que não quebrem).

Numa caçarola de ferro, de preferência, frite em fogo médio os enroladinhos até dourar. Coloque dois copos de água fervente e baixe o fogo. Cozinhe por mais meia hora. Coloque o resto da cebola e o puro purê e cozinhe por mais 15 minutos. Se gostar, ponha o suco de limão em cada uma das peças.

Por volta de 1993, o deputado Renato Adur fez uma visita ao novo prefeito de Campina da Lagoa, apelidado de "Xaninho". E foi levando obras para o município e prestando contas de sua atuação na Assembléia. Foi junto com ele o Tavares, sindicalista, juiz classista e dono do restaurante da sede campestre do Sesc de Almirante Tamandaré.

Foi uma festança, com várias solenidades, jantar, etc. Os dois foram convidados para dormir na casa do prefeito. Sete horas da manhã saiu o café. Xaninho convidou também as principais lideranças do município e os vereadores. Um café de hotel cinco estrelas: 15 tipos de frutas, bolos, salames, queijos, geleias, pães, broas, enfim, uma mesa pra ninguém botar defeito.

Todo mundo terminou o lanche, menos o Tavares. Comeu que nem um rei. E ele, que lidava com comida há 30 anos, parou e comentou:

– Nunca comi tão bem na minha vida!

E a filhinha do prefeito:

– Nem nóis, né pai?

A vivacidade do professor Vieira Neto

José Rodrigues Vieira Neto, professor de Direito Civil, catedrático da Universidade Federal do Paraná, revelou-se um grande penalista. Foi eleito deputado federal pelo Partido Comunista e cassado no tempo da ditadura de Getúlio Vargas. Era um homem enxuto, extremamente elegante, vestia ternos de casimira inglesa e fumava cigarros americanos.

Segundo o ex-deputado Erondi Silvério, que me contou anos atrás, o Departamento de Ordem Política e Social (Dops) escalou um agente para seguir diariamente o "perigoso" comunista. O agente era obeso. Vieira Neto era esbelto, se cuidava e tinha excelente preparo físico.

Era seguido por toda parte. Vieira Neto saía da Universidade, descia a Rua 15, subia a Rua Dr. Muricy até o Alto do São Francisco e descia de novo. Fez esse trajeto algumas vezes e quase "matou" o gordo agente, que suava às bicas com a subidona da Muricy.

Um dia o professor ficou com pena do policial. Encontrou-o na rua e deu-lhe um cartão de visitas:

– Quando chegar em casa, me telefone...

É que o lépido professor Vieira Neto já vinha descendo a Muricy, enquanto o gordo agente ainda subia, resfolegando...

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