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Nos tempos da segunda grande guerra muitos caminhões usavam um aparelho chamado de gasogênio, que era uma caldeira movida à madeira ou carvão. Conta o Luiz Fanchin Júnior que, pelos idos de 1950, o capataz da fazenda da família Oliveira na Estrada do Cerne, que liga Curitiba ao Norte do Paraná, foi até Piraí do Sul a fim de registrar seu filho recém-nascido.

Atendendo o orgulhoso pai, o cartorário perguntou como se chamaria o rebento. O homem estufou o peito e falou:

– É Gasogênio!

O cartorário, assustado, se negou a efetuar o registro. O capataz insistiu pois queria homenagear dois de seus melhores amigos, um o seu compadre, dono da fazenda onde trabalhava, e, o outro, o doutor que atendera sua esposa em Castro. O cartorário exigiu que o pai levasse documentos que comprovassem o nome dos homenageados, pois só assim poderia realizar o registro.

Passados alguns dias, lá estava o homem no cartório com as fotocópias dos documentos com os nomes do dois amigos a serem homenageados. O funcionário começou a redigir o registro, mas ao verificar os documentos trazidos, lá estavam bem claros, os nomes do médico – ÉGAS Sampaio e do compadre EuGÊNIO Subtil de Oliveira.

O craque Tato Fanchin – O nono Tato Fanchin, hoje com mais de 90 anos, foi servir o exército aos 17 anos como voluntário e era um dos craques do time do quartel em Porto União. Um dia, por qualquer motivo disciplinar, foi detido por um oficial e levado ao isolamento sem direito a participar de qualquer atividade esportiva. Mas o treinador do time era um oficial superior ao que o detivera. Ao vê-lo ausente do treinamento, indagou a razão de sua ausência e o oficial explicou que Fanchin não havia cumprido a ordem de cantar ou assoviar o hino durante a instrução de marcha.

O treinador mostrou a sua autoridade e determinou:

– Soltem o Fanchin! Domingo temos um jogo muito importante e ele não pode ficar fora do time.

Seus filhos garantem que o nono Tato, até hoje, não gosta que o elogiem. Quem conta essa história é o vice-presidente do Paraná Clube, José Domingos.

O medo da Letícia Ganho – Letícia, 8 anos, neta do Hamilton Ganho, dono do Ball Bull, ao ouvi-lo falar que iria passar uma temporada nas águas mornas de Tubarão (SC), perguntou:

– Vô, você não tem medo que o tubarão te pegue?

Malentendido com o pintinho – Anos atrás, o vereador Mário Celso Cunha era repórter esportivo e ocorreu um fato que gerou muitas risadas. Num jogo entre Coritiba e Fluminense, no Estádio Couto Pereira, narrado pelo Fuad Kalil, da Rádio Cultura, Carlos Alberto, jogador do tricolor carioca, foi expulso pelo árbitro Rubens Maranho.

Fuad quis saber o que acontecera e consultou o Mário Celso, que informou:

– O Maranho acaba de colocar o Pintinho pra fora!

Para quem não o viu Carlos Alberto jogar, esclareça-se: Pintinho era o apelido do craque.

Walter X Ferri – Conta o João Suplicy de Lacerda que seu amigo Walter Xavier, cronista esportivo integrante do programa Mesa-Redonda e "craque" nas manhãs de domingo nas peladas no campo do J. Malucelli, mas ainda em boa forma, saiu-se com esta:

– Eu estou tão velho que o meu filho caçula já está jogando no time de máster.

E emendou uma provocação ao advogado Nelson Ferri – que corre bem, mas de bola não é muito chegado:

– O Ferri teve infância de apartamento. Para empinar pipa ele ligava o ventilador dentro de casa.

A salvação dos cachorros – Reunidos na pousada do Nagib, na Ilha Superagüi, onde o acesso é apenas por barco e o único meio de locomoção é a bicicleta, os amigos Júlio Bessa, Laertes Ramos, Lalá, Vadico, Paulo de Tarso encontraram o amigo Manoel Messias Borges Ferreira, muito pensativo, olhando para um cachorro.

Preocupado com o silêncio do amigo, o Paulo de Tarso Monteiro Lobato, perguntou:

– O que há, Maneco?

– Pó meu! Tô aqui pensando! Este cachorro nunca viu um automóvel na vida dele...

A coluna é dedicada ao advogado Antônio Rubinê Abrão, um prezado leitor das nossas colunas que inclusive as mantém devidamente arquivadas.

Faisão grelhado

Uma boa novidade para os "experts" e especialistas em pratos refinados: o meu amigo Marlon Maués, destacado funcionário da Volvo em Curitiba, resolveu, nas horas vagas, criar faisões em sua chácara. Pois em homenagem a ele e a todos que gostam do refinado galináceo de origem asiática, aqui vai uma sugestão:

Como o faisão criado em cativeiro é abatido jovem, a sua carne é macia. Por isso pode ser grelhado. Com o tamanho de um frango novo, pode calcular um por pessoa. Abra pelas costas, do pescoço até a sambiquira e achate bem o bichinho. Tempere de véspera com vinho branco seco, azeite de oliva, cebola moída, uma pitadinha de pimenta-do-reino moída na hora, um punhado de manjerona e sálvia, picadinhas, e sal a gosto.

Na grelha ou no espeto, asse durante uma hora, mais ou menos, não esquecendo de virar, para que asse parelho. Pode ser assado também no forno.

Acompanha bem um arroz à grega, uma salada mista ou uma maionese. Vinho branco seco é um bom parceiro.

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