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Conta Patrício Caldeira de Andrada que a pe­quena Maitê, que é filha do casal Valéria-Claudimar Voner, tornou-se uma admiradora do futebol de tanto ver o pai jogando e também assistindo jogos pela televisão. Essa sua admiração pelas coisas da bola viraram insistentes pedidos para que o pai arrumasse um campo onde ela pudesse jogar com algumas amiguinhas.

Aproveitando um feriado, o Claudimar resolveu realizar o sonho da turminha e levou-as a um campo. Feliz da vida, o Claudio entrou no campo acompanhado pelas pequeninas atletas quando a filha o interrogou, decepcionada:

– Pai, cadê a torcida? Esse campo não tem torcida? Assim não tem graça.

Os cantores de Jaguariaíva

Nos anos 40, conta um aposentado frequentador da Banca do Daniel "O Bom Cabelo" (defronte o estádio do Atlético), que naquela cidade tinha um padre que movimentava seus paroquianos, fazendo procissões sempre animadas com cantorias.

Certa vez, durante uma dessas procissões, quando cantavam "Queremos Deus" e "Louvando Maria", o padre viu um ônibus (lá, chamavam ônibus de "Jardineira") desgovernado, descendo a ladeira em direção a eles. E gritou:

– Olhem! É a "jardineira"!!!

Aí todos os fiéis começaram a cantar:

– Oh jardineira, por que estás tão triste? Mas o que foi que aconteceu? ...

Felizmente não houve maiores danos.

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Barreado de Morretes

Aprendi lendo que, em Morretes, o barreado era feito inicialmente em panela de ferro. Os colonos, antes de ir para a roça, colocavam carne e os demais ingredientes para cozinhar. Muitas vezes, quando chegavam à tarde, a carne estava seca. Daí resolveram fechar a panela com folha de bananeira, colocavam a tampa e depois "barreavam" em volta da tampa, com barro. Era a panela de pressão da época.

O barreado ficou popular e era a comida preparada no "entrudo", que era o carnaval de então. E usavam, entre outros ingredientes, o tomate. Faziam panelões para comer durante os demais dias, mas descobriram que, ao requentar, o barreado ficava azedo, pois o tomate é ácido.

Barreado, que é um cozido, se faz com carne dura – pode ser inclusive o músculo de boi. Os ingredientes são cebola, alho, bacon (antigamente usavam banha de porco), cheiro verde, louro, cominho, vinagre de vinho, sal de leve e pimenta. Acom­panha pirão de mandioca com o caldo, pois antes de fechar a panela, cobrem-se os ingredientes com água. Acompanham arroz e bananas caturras maduras.

Receita em homenagem a Gertrudes, dedicada funcionária da Sanepar.

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