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O mais gostoso desta página é que podemos viajar no tempo conforme a necessidade. Em um momento, podemos estar no século XIX, vir pulando através do XX e, muitas vezes, desembarcar aqui pelo XXI, sempre por intermédio de fotografias antigas e históricas que nos contam o que existiu antes de nós assentarmos nossos pés nessas plagas curitibanas.

A Nostalgia do domingo que passou mexeu com muita gente. Leitores que, como nós, já atingiram bem acima de meio século bem vivido telefonaram pedindo para que continuássemos a mostrar os velhos caminhos, assim como os meios de locomoção usados para se transpor Curitiba de uma banda para outra.

O material iconográfico é realmente vasto, capaz de contar mais de 130 anos de história por meio de milhares de imagens que abordam os mais variados assuntos. Hoje vamos nos fixar em cinco fotos feitas em diversas datas inseridas nos primeiros 50 anos do século passado. Para tanto, fazemos um texto-legenda para cada uma delas.

Iniciamos com a foto que retrata a nossa artéria principal, a Rua XV de Novembro na esquina com a Rua Marechal Floriano, o ano é 1919. Vemos a descontração dos transeuntes reunidos em pequenos grupos e batendo seus papinhos. Crianças transitam despreocupadas pela calçada. Automóveis, então últimos tipos, já aparecem na paisagem urbana onde se destaca o bonde elétrico que, segundo a sua placa, se dirige ao arrabalde do Batel.

A segunda imagem mostra a antiga Rua do Aquidaban em 1916 na esquina com a Rua Desembargador Mota. Aquidaban foi o nome da atual Rua Emiliano Perneta. A bucólica paisagem do passado mostra a calmaria que existia na Curitiba daqueles tempos, crianças e outros pedestres transitam no meio da via que não mostra presença de veículo algum.

1952. A cidade já tem outro aspecto. O progresso do pós-guerra se faz sentir. A Avenida República Argentina está sendo asfaltada, os trilhos dos bondes, desativados naquele ano, são retirados. Acabou a poeira fenomenal que o saibro do antigo leito da rua proporcionava, o asfalto liquidou com o pó e proporcionou uma comunicação mais rápida com os bairros do Portão e Capão Raso. Esta é a terceira fotografia, feita na esquina da República Argentina com a Avenida Água Verde, no local conhecido como "Capelinha".

Quem é que não gosta de vasculhar interiores de casas comerciais? Principalmente as mais antigas, cujas prateleiras possuíam os mais variados objetos de utilidade e que na atualidade são difíceis de serem encontrados até em museus. Nas duas fotografias que encerram as ilustrações de hoje vamos entrar na Casa Cornelsen, que ficava na esquina da Rua Comendador Araújo com a Praça Osório.

O estabelecimento, que pertencia ao comerciante Carlos Cornelsen, era especializado em fabricar e vender artigos para serem usados em montarias e animais de tração. As duas fotografias foram feitas em 1905. A primeira mostra a loja com uma infinidade de mercadorias, tendo o proprietário recostado ao lado de fora do balcão. Já a segunda foi tomada na oficina de selaria onde eram feitos os objetos de couro. Esta oficina ficava no mesmo prédio da loja. O movimento devia ser grande pois naquele tempo o cavalo ainda era o meio de locomoção, assim como o transporte era feito pelas carroças que transitavam entre a capital e as colônias circunvizinhas.

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