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Faichecleres: banda agora conta com um novo baixista, Ricardo Junior (primeiro à direita). | Divulgação
Faichecleres: banda agora conta com um novo baixista, Ricardo Junior (primeiro à direita).| Foto: Divulgação

A leitura diária de jornais é uma obrigação daqueles que querem estar bem informados e, sem dúvida alguma, a nossa Gazeta do Povo sempre prima pela informação correta. Agora mesmo, enquanto escrevo a Nostalgia deste domingo, acabo de passar os olhos pela Gazeta e para surpresa minha deparo com a notícia que o companheiro Reinaldo Bessa veicula em sua coluna nesta sexta-feira e a qual tomo a liberdade de mostrá-la na íntegra a seguir:

"Não entendi – Sem querer, o prefeito Beto Richa acabou reforçando, em Seul, o argumento dos opositores à abertura da Praça Miguel Couto, a Pracinha do Batel. Ao fazer, nesta quinta-feira, a palestra magna da Semana Mundial da Mobilidade para prefeitos e representantes de 47 cidades do mundo, na capital da Coréia do Sul, ele afirmou: ‘A constituição de sistemas de transporte público eficientes, capaz de diminuir o número de automóveis nas ruas, é de importância central para o bem-estar das populações das grandes e médias cidades’".

Aqui fazemos coro com a pergunta do Bessa ao fechar o tópico: "Se a moda é diminuir o número de carros em circulação, para que abrir mais ruas aos automóveis?".

Vem à lembrança o tempo em que era prefeito de Curitiba o ilustre engenheiro Ivo Arzua, e dentre todas as suas obras uma se destacou: o fechamento da alameda que contornava a Praça Zacarias, entregando-a para uso exclusivo dos pedestres. Esse primeiro calçadão da cidade era em conjunto com a Travessa Oliveira Belo. Foi o primeiro ato de banimento do automóvel no centro.

Atualmente é cogitada pelos assessores do prefeito a abertura da Pracinha do Batel, dividindo-a em duas partes. Fazem inclusive uma conta esquisita, dizendo que com a divisão a praça vai aumentar. O que pode acontecer será a existência de duas praças com o mesmo nome. E podemos calcular que em nada impedirá o engarrafamento do tráfego no local, além de tornar perigoso o uso das futuras duas praças pelos pedestres, principalmente por crianças.

A solução final vai ser curiosa se o prefeito, em sua volta de Seul, optar pela divisão da pracinha em favor dos automóveis, e sabe-se mais ao quê.

Como já demonstramos, em edições passadas da Nostalgia, uma série de fotos antigas da Praça Miguel Couto, vamos mostrar hoje algumas imagens da Praça Zacarias antes de ser transformada para uso exclusivo dos pedestres.

A primeira foto mostra a Praça Zacarias em 1946, quando era contornada por uma rua que dava trânsito para os mais diversos tipos de veículos que a circundavam. Na segunda foto, aparecem os passageiros dos bondes tomando aqueles coletivos no meio da rua, na Zacarias. A foto é de março de 1948. A terceira imagem mostra o público saindo de uma matiné dominical do Cine Luz, que foi uma das salas de espetáculos mais concorridas da cidade. Vemos o povo caminhando tranqüilamente sobre o leito da rua da Zacarias. O ano era de 1945, e a gasolina estava racionada sendo a razão de não se ver automóveis circulando.

Usamos a quarta foto, feita em 1993, para mostrar uma das famosas enchentes do Rio do Ivo, na Praça Zacarias. Tais enchentes haviam acabado em 1970, mas voltaram a ocorrer após a prefeitura haver intervindo com a obstrução do canal de vazão daquele rio, no final de 1992.

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