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Praça Garibaldi em 1909. Postal original em cores, impresso na Alemanha | Fotos: Acervo histórico CD
Praça Garibaldi em 1909. Postal original em cores, impresso na Alemanha| Foto: Fotos: Acervo histórico CD
  • Postal da Avenida Luiz Xavier feito na visita do presidente Afonso Penna em 1906. Os espaços em branco foram aproveitados para o recado
  • Verso do mesmo postal com o nome da destinatária em Araucária. Via correio, sem mais informação do endereço
  • Rua Comendador Araújo em 1900. Postal impresso na França
  • Vista parcial da Praça Tiradentes em 1910, postal impresso em Curitiba
  • Postal fotográfico natalino da década de 1940, executado por Armin Henkel, famoso fotógrafo e artista gráfico que morou em Curitiba
  • Cartão-postal com fotografia pessoal enviada a um amigo em 1906
  • Verso do cartão ao lado sem o número da rua e não precisava, naquele tempo todo mundo se conhecia

Calmamente sentado à frente do computador, o leitor bate seu papo com o filho vendo sua imagem na tela do monitor. Pode ainda reparar se ele está mais gordo ou mais magro, trocar ideia sobre o tempo e outras coisas mais. O filho se despede, afinal já é uma hora da manhã na Alemanha; o leitor desliga para assistir ao Jornal Nacional, ele está em Curitiba e apenas são oito da noite.Está aí! A conversa se desenvolveu por bom tempo e a única coisa que gastaram foi a luz. Graças à tecnologia, não existem mais distâncias para se comunicar no século 21. Nem sempre foi assim, o jovem de hoje não conheceu o drama que era falar ao telefone interurbano. Como exemplo, em 1960 se alguém de Londrina quisesse telefonar para alguém de Curitiba tinha de pedir a ligação para a telefonista dezoito horas antes: pedia ao meio-dia e só iria falar às dez da manhã do dia seguinte, isso quando dava tudo certo.A correspondência por carta era um Deus nos acuda, dependendo da distância, demorava meses para chegar. Entretanto, existia uma vantagem: o destinatário sempre recebia as mensagens que lhes eram dirigidas, isso graças aos carteiros, que faziam suas rotas durante anos seguidos, até se aposentarem. Todo mundo se conhecia. Na atualidade, o serviço de entrega de correspondência está defasado. Na minha casa, por exemplo, qualquer tipo de missiva está levando quinze dias para chegar, da agência do bairro até o destino, imagine que moro no Batel. Deixa pra lá, um dia a coisa melhora.

Vamos voltar para antigamente, quando ainda estávamos saindo do tan-tam indígena ou da entrega das malas postais a cavalo. A comunicação em Curitiba, no final do século 19, e nos primórdios do 20, era feita através de meninos de recados que a vizinhança usava para transmitir e receber notícia. A piazada corria de um lado para outro, levando e trazendo bilhetes, cartas e cartões a pé, de bonde ou até de bicicleta, quando possuía uma. Todo esse serviço era compensado com alguns tostões.

Um dos suportes mais usados eram os cartões-postais impressos, os fotográficos saíam bem mais caros. Existiam cartões fotográficos impressos em Curitiba, São Paulo e até na Alemanha e França. Quando alguém viajava, fosse qual fosse o destino, sempre mandava cartões-postais para amigos e parentes. Era chic! Muitos ficavam magoados quando eram esquecidos em receberem tais mimos. Já vai longe o tempo dos recadeiros e das mensagens anotadas em frente e verso de um cartão-postal, mas, contudo, antigamente era assim.

Ilustram a Nostalgia deste domingo alguns postais impressos com suas imagens e mensagens, senão históricas porém curiosas.

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