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Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar | Roberto Custódio/JL
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar| Foto: Roberto Custódio/JL

Dia de Todos os Santos, pouco mais de 4 horas da tarde, despencou o aguaceiro. Imediatamente a luz acabou, caos no trânsito em toda a cidade. Não foi só o tráfego de veículos que entrou em tumulto, o deus-nos-acuda foi geral. Tudo que dependia da energia elétrica parou.

Os comentários eram generalizados, muitos apontavam o culpado da moda quando alguma coisa acontece no tempo: Isto é obra do efeito estufa! Tal coisa nunca aconteceu! Cada um dando o seu palpitezinho para a causa da ocorrência. Todos, como bons moradores de cidade e de memória não pouco ligada às transições das estações do ano, não se ligam que nesta época, fins de outubro e início de novembro, aguaceiros, tempestades, raios e trovoadas estão ocorrendo em época certa.

As maiores enchentes ocorridas nos rios que cortam Curitiba sempre foram nesta quadra do tempo, repetindo-se no final de janeiro e começo de fevereiro. A única coisa certa, o que não estava sendo esperado, foi o fenomenal apagão que assolou o bom andamento da vida dos curitibanos por quase três horas. É de se ficar imaginando, se o departamento administrante da nossa energia elétrica demora tanto para resolver um problema que é de sua exclusiva competência, como é que pode querer ser gerenciador de pedágios em nossas estradas? Ao sapateiro as sandálias! E que as cuide bem, por ser sua messe.

O escriba aqui se viu em apuros, tendo que entregar as imagens e o texto da Nostalgia em tempo hábil e ainda com o computador inerte por falta de energia e por ser véspera de feriado. Como a cabeça não foi feita apenas para separar as orelhas, aproveitamos a gentileza da Copel por nos dar o mote para a página deste domingo, apesar de já termos comentado as enchentes causadas pelas enxurradas no passado e que, infelizmente, continuam acontecendo, aproveitamos para mostrar algumas delas, quando o tal efeito estufa era coisa desconhecida. Por falar nisso, o leitor já percebeu que ninguém fala mais no tal de El Niño?

A seqüência fotográfica segue-se na seguinte ordem: a foto número 1 mostra o alagamento da Avenida Luiz Xavier, em outubro de 1994. A segunda imagem, também da Luiz Xavier (então nomeada João Pessoa), apresenta uma enchente no ano de 1947.

A terceira foto, feita na entrada da Rua Ermelino de Leão, expõe o resultado do aguaceiro na Avenida Luiz Xavier em 1968. A mesma enchente de 1968 é vista na quarta foto, onde aparece a enxurrada correndo pela Travessa Oliveira Belo, em direção à Praça Zacarias. Em destaque, vemos parte da pérgula posteriormente demolida.

Terminamos com a quinta foto, onde aparece o Rio do Ivo, na Avenida Vicente Machado esquina com Visconde do Rio Branco, recebendo obras da prefeitura, para acabar com as enchentes no Centro. O que não ocorreu, apesar da vultosa verba que ali foi lançada. Atualmente, a Vicente Machado é empestada pela fetidez que as águas estagnadas nas caixas do canal exalam, tornando-se insuportável nos dias de canícula. A fotografia foi feita no dia 12 de agosto de 1994.

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