A marcha para o futuro. Alunas do Instituto de Educação desfilam na Avenida Luiz Xavier em 1953. Normalistas curitibanas, mestras de gerações| Foto:
Jovens da sociedade portuguesa de Curitiba em festival folclórico, em 1953
A jovem Mercedes Fontana, que comandou a indústria ervateira da família
Didi Caillet, musa curitibana. Foi eleita Miss Paraná em 1929
A elegância e a beleza da mulher curitibana, em plena moda do início do século 20
A profes­­sorinha da escola pública do interior com seus alunos, em 1904, na vila de Tamandaré
Moças de origem italiana em festa da uva. Década de 1960
Filhas de colonos polacos, cuja fé católica era inquebrantável. Pátio do Colégio Sagrada Família na Rua Emiliano Perneta, em 1930
Moças curitibanas reunidas numa festividade no Parque Graciosa, no Juvevê, na década de 1920
Casamento à moda antiga. Sonho que toda jovem tinha para um futuro feliz. Década de 1930
Mães curitibanas e suas crianças na creche da Maternidade Dr. Victor do Amaral, em 1946

Hoje os valores são outros. Pro­­curei dar uma olhada na internet sobre o tema: "Mu­­lheres curitibanas", a fim de saber o que se pensa sobre a ala feminina da nossa cidade no momento atual. Acreditem, não gostei nada do que vi. O lugar comum do momento é sexo, mais sexo, e nada mais. Anún­­cios de jovens se oferecendo tem aos montes. Análises das garotas pelos marmanjos e mais um monte de babo­­seiras. De sério não encontrei nada. Não por saudosismo, mais para mostrar o que mudou, resolvi dar um mergulho no passado. Fui até aos comentários de Saint-Hilaire que por estas bandas rolou em 1820. O sábio francês descreve as mulheres curitibanas como tipos diferentes das que viu em outras localidades. As analisa co­­mo bonitas de porte, desinibidas e edu­­cadas na conversação. Naquela época, Curitiba ainda não tinha experimentado a presença de colonos estrangeiros, além do elemento português.Somente em 1829 veio a primeira leva de germânicos, cujos costumes iriam dar um rumo definitivo na formação do caráter curitibano. O modo da criação dos filhos, o asseio no trato da casa e da vestimenta, tradição alimentar, educação e gosto pelas artes. Cultivo de hortas e jardins, convívio com a natureza. Em tudo isto estava à mão da mulher, a colona alemã.Quarenta e dois anos se passaram até a chegada dos colonos italianos e polacos, que também iriam dar as suas colheradas no caldo de cultura de Curitiba. Essas duas etnias iriam participar com seus quinhões de conhecimentos, principalmente na agricultura e na religião, para formar este indivíduo que os forasteiros têm dificuldade de entender, o ET curitibano. Principalmente as curitibanas. Para que o leitor entenda, estamos falando do passado, não muito distante, antes da globalização niveladora que os meios de comunicação proporcionaram.Felizmente ainda preservamos, mesmo que apenas em resquícios, a cultura e a educação, o respeito e os costumes que nos foram ensinados pelas nossas avós e mães. É para com essas matriarcas do passado que te­­mos de nos curvar respeitosamente. Mulhe­­res curitibanas que souberam conduzir seus maridos, filhos e netos pela trilha da fé e pelo caminho da vida e da cidadania digna. Para essas mulheres curitibanas é a homenagem da Nos­­talgia deste domingo.

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