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Em 1905 vemos a atual Rua Ébano Pereira, em foto feita do Alto São Francisco em direção ao centro da cidade. Assim era Curitiba | CD/Arquivo
Em 1905 vemos a atual Rua Ébano Pereira, em foto feita do Alto São Francisco em direção ao centro da cidade. Assim era Curitiba| Foto: CD/Arquivo
  • Bulevar 2 de Julho, a atual Avenida João Gualberto, em frente do Colégio Estadual. Rua de barro transitada apenas por carroças e o bonde de mulas, cujo ponto final era no portal da mansão Fontana
  • Rua do Rosário em 1904. O leito da rua era de macadame e as calçadas revestidas com pedras
  • A Rua José Bonifácio, antiga Rua Fechada, concentrava o comércio pesado de Curitiba. Local de reunião dos colonos da periferia. Foto de 1900
  • Em 1910, o Passeio Público contava com 24 anos de existência e era o orgulho do curitibano, que apreciava sua paisagem
  • O cenário da Praça Carlos Gomes era uma ilha de lazer na cidade. A imagem do seu lago com cisnes foi gravada em 1926

A satisfação que tenho, ao fazer esta página, é que com ela posso viajar no tempo e levar em companhia os leitores, que gostam de saber como as coisas eram. Obviamente, não se pretende voltar ao passado ou mesmo viver nele, ainda que imaginariamente. Simplesmente termos conhecimento de como se vivia por aqui em outros tempos é o que importa.

Hoje, quando andamos pelas ruas da cidade podemos observar os usos e costumes que nos cercam. O telefone celular é companheiro de todos, desde os mais comuns aos mais sofisticados – não importa qual seja a classe social, todo mundo tem um. Não existem mais pessoas sem um celular; não importa onde estejam, o tchan é se comunicar. Qualquer cidadão mais antigo pode achar que está todo mundo maluco, falando alto e sozinho no meio da rua.

Repentinamente me vêm à memória uns modismos que circulavam pela cidade no meu tempo de piá. Lá pelos anos de 1947 ou 48, o presidente do Brasil era o marechal Eurico Gaspar Dutra, foi quando estavam surgindo os primeiros objetos feitos com matéria plástica. Deu uma febre de todo mundo brincar com ioiôs de plástico, importados dos Estados Unidos; desde crianças até os adultos andavam brincando pelas ruas com os tais ioiôs importados.

Ao mesmo tempo surgia a Coca-Cola em Curitiba, devia-se bebê-la bem gelada senão dava dor de barriga. Outra novidade que infestou a cidade foram umas caixinhas com passas importadas da Califórnia; verdadeira epidemia, todo mundo com caixinhas na mão mastigando passas californianas. Alguns anos depois surgiam os bambolês, e dá-lhe o pessoal a rebolar com aquele arco na cintura. Tudo modismo de época, como hoje é os esqueites para os adolescentes.

O calor humano do curitibano se espargia pelos cinemas, visitas domingueiras ao Passeio Público, reunião para bater papo nos pontos tradicionais da Rua XV e seus cafés. Outras diversões que reuniam o público eram os circos que visitavam a cidade de tempos em tempos e mesmo algum parque de diversões instalado nas exposições temporárias que aconteciam na Praça Rui Barbosa. Festas de igrejas, atração especial para matar um domingo se divertindo. Nada se compara com a vida do curitibano da atualidade, cujo centro de reuniões se restringe aos shoppings e bares com direito a acompanhar jogos de futebol pela televisão. Os costumes mudaram. Não se sabe se foi para melhor ou para pior.

A Nostalgia traz, hoje, algumas fotos do começo do século passado. O intuito é deixar o prezado leitor meditando sobre aqueles tempos e a vida que os curitibanos de antanho desfrutavam.

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