1909, a caleça transita pela Rua da Liberdade, hoje Barão do Rio Branco. Foi o veiculo mais usado para a locomoção da elite curitibana
O Rio Ivaí, no município de Guarapuava, era transposto por balsa, em 1919
A Estrada de Ferro corta a Serra do Mar, tendo o trem como o grande transporte entre o planalto e o litoral. Na foto a antiga Estação do Marumbí, em 1930
A diretoria do Lloyd Paranaense se reúne a bordo do vaporPery, em São Mateus do Sul, no ano de 1948.
Praça Tiradentes. No terreno baldio do Banco do Brasil os automóveis estacionavam ocupando aquele espaço mesmo para negociar seus veículos. Foto de 1954. Lá se vão 60 anos
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Todo mundo está apressado na atualidade, todos vivem ansiosos se locomovendo de um lado para outro dentro de um trânsito caótico. Em Curitiba, por exemplo, para fazer o trajeto desde o centro até a cidade industrial, de ônibus, o percurso é cumprido em uma hora e meia, quando não leva bem mais, em razão do volume de veículos circulando.

Por volta da década de 1940 um colono com a sua carroça, tracionada por dois cavalos, fazia o trajeto entre Fazenda Rio Grande e Curitiba numa viagem que durava entre oito a dez horas pela estrada que passava pelo Umbará onde existia a chamada ponte de zinco, em razão de sua cobertura. A variação do andamento a ser percorrido dependia muito de estar o tempo seco ou sob chuva.

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Hoje numa passada o automóvel faz o percurso até a Fazenda Rio Grande em meia hora, levando-se em conta um movimento de veículos sem congestionamentos. Com a inauguração da Estrada de Ferro, em 1885, o curitibano podia ir a Paranaguá pela manhã, almoçar e voltar com o trem da tarde. Os hotéis sentiram nos seus faturamentos a maravilha que foi a introdução daquele transporte entre a capital e o litoral. E os restaurantes então? Esbaldavam-se oferecendo refeições com frutos do mar frescos.

O transporte urbano, entre o centro e os bairros de Curitiba, começou a servir a população em 1887 com a inauguração dos bondinhos tracionados por mulas. Os bondes elétricos começaram a transportar os curitibanos em janeiro de 1913, já os automóveis demoraram mais para rodarem pelas nossas ruas. O primeiro auto surgiu em 1903 tendo como proprietário o industrial Francisco Fido Fontana. Um volume mais considerável, tanto de automóveis de aluguel como de particulares se fez notar a partir de 1920, após o termino da primeira guerra mundial.

Os ervateiros, assim como os madeireiros, se preocupavam com o transporte de suas produções. Na década de 1880 o coronel Amazonas Marcondes introduziu o transporte fluvial através de pequenos vapores que faziam o trajeto entre União da Vitória e Porto Amazonas, o serviço de cabotagem no Rio Iguaçu sobreviveu até o final da década de 1950.

O transporte coletivo em Curitiba vem sobrevivendo aos trancos e barrancos. Muito sonho, muita conversa mole, o povão que depende do busão está ralado. Basta olhar os nossos expressos nos horários de pico, é lastimável a acomodação dos passageiros. O desconforto é a razão direta pela aquisição de veículos próprios, e aí as ruas ficam entulhadas gerando outro desconforto: a falta de vagas para estacionar a própria condução. Assim caminhamos nós, e o resto da humanidade, sem sair dos apertos.

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