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Nesta página memorialista, sempre tentamos mostrar, além dos aspectos físicos da cidade, alguma coisa de usos e costumes dos antigos curitibanos, assim como o tipo humano que morava por estas bandas. Remexendo velhos negativos, encontramos algumas festividades ocorridas em Natais antigos e, sem dúvida, a que mais nos chamou a atenção foi de uma dessas comemorações, levada a efeito no castelo do então governador Moisés Lupion em 1949.

Durante o tempo do seu primeiro governo, quando Lupion já se encontrava instalado com residência no castelo, que fora construído e pertencera a Luiz Guimarães, muitas festividades foram levadas a efeito naquela casa nobre. Sem dúvida alguma, as festas de Natal para os pobres marcaram época nos anos de 1948, 49 e 50.

Logo cedo começava a chegar o povo vindo dos mais diversos bairros da cidade e mesmo de municípios vizinhos. Um ou dois elementos da Guarda-Civil organizavam uma fila que dava a volta no quarteirão. A um sinal da primeira-dama, dona Hermínia Lupion, o portão principal, em frente à Avenida do Batel, era aberto e o povaréu ia entrando ordenadamente.

Uma coisa se fazia notar, todos asseados com roupas muitas vezes remendadas, mas bem limpas. A criançada, principalmente os meninos, em sua maioria descalços, ia desfilando lentamente e apanhando seus presentes.

O leitor pode apreciar alguns flagrantes da festa realizada nos jardins do Castelo, assim como perceber o que acabamos de comentar sobre o tipo de pobre que existia em Curitiba naquela época, não tendo nada a ver com o aspecto miserável da pobreza atual. Vamos às fotografias:

A primeira foto nos mostra parte do povo reunido em frente ao Castelo sendo orientado por um guarda-civil, a fim de tomar posição para receber seu brinde.

Na segunda foto, vemos o público em frente ao portão principal do Castelo.

Na terceira imagem, aparece a multidão tomando conta do imenso jardim.

A quarta fotografia mostra o público recebendo seus presentes das mãos de dona Hermínia, e, finalmente, a própria primeira-dama entregando o brinde natalino para um garoto.

Encerramos esta pequena reportagem de uma festa de Natal do nosso passado, desejando aos milhares de leitores da Gazeta do Povo um Feliz Natal na presente data.

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