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Hoje começa um novo ano do século XXI. Qual a diferença de outros dias do século que passou? Praticamente nenhuma, isto é, se formos olhar para os últimos dez anos. Agora, se dermos um mergulho profundo para atingirmos uma distância secular vamos sentir todos os valores criados pela humanidade em tal espaço de tempo.

Quando chega esta época do ano surgem as famosas previsões feitas por uma infinidade de adivinhos, quiromantes, astrólogos, pitonisas e profetas que engabelam um magote de crédulos com as suas antevisões sobre acontecimentos que devem ocorrer no ano entrante. Deixamos para lá, afinal de contas os viventes deste mundo estão sujeitos a tudo incluindo aí acreditar em bruxarias, charlatanismos e demais feitiços.

Uma única coisa é certa: o tempo passa. O seu andamento leva tudo de roldão deixando apenas as lembranças de momentos já vividos, ocasiões que, de certa forma, fazem parte da história de todo ser humano.

A Nostalgia, aqui da Gazeta do Povo, nada mais é do que um espaço reservado a preservar os momentos que existiram por estas plagas, não se preocupando em que quadras aconteceram. Hoje vamos dar um passeio ao princípio do século XX em nossa Curitiba velha de guerra.

A viagem começa abrangendo uma visão geral do centro e do sul da cidade gravada há cem anos. A fotografia foi executada do alto da torre do ginásio recém-construído na Rua Ébano Pereira, onde vemos esta rua indo até a esquina da Rua XV. O casario baixo permitia a vista se prolongar até a linha do horizonte. Aparece em destaque o edifício da Santa Casa em meio ao campo denominado Praça da República, hoje Praça Rui Barbosa. A Igreja do Bom Jesus ainda não fazia parte da paisagem.

Na mesma época, vamos à segunda fotografia que nos mostra o antigo Largo do Rosário, atual Praça Garibaldi. No canto esquerdo da fotografia aparece a antiga Igreja do Rosário, também conhecida como Igreja dos Negros e Igreja dos Defuntos. Dos negros porque era destinada aos escravos no século XIX e dos defuntos por ser o local onde eram encomendados os falecidos com destino ao Cemitério Municipal.

A terceira imagem é de um cartão-postal impresso que circulava no limiar de 1900 e que trazia o número de habitantes da cidade em diversos anos, desde 1780, quando Curitiba tinha 2.949 moradores, chegando a 1900 com 50.124 habitantes. A imagem mostra a então Catedral imponente na paisagem como sendo o maior edifício da Capital.

Como estamos falando sobre imagens, não poderíamos deixar de publicar a foto de Alfredo Andersen, considerado o pai da pintura paranaense, em seu atelier. Paisagista e retratista, Andersen formou uma série de pintores em sua escola. Junto com seus alunos, deixou quadros de grande valor iconográfico para a nossa história. A foto é de 1906.

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