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O piá ia com destino a sua escola, o Grupo Escolar 19 de Dezembro, que fica até hoje na Rua Desembargador Mota. Caminhando pela Alameda D. Pedro II, ao chegar na esquina da Presidente Taunay a parada era obrigatória, ficava admirando as meninas que estavam em frente ao Colégio Sion. Bonitas, alegres e com uniformes impecáveis em azul-marinho. Lá se vão sessenta anos, o piá tinha 10 anos e hoje é o responsável por esta página.

Passados todos estes anos, a nostalgia da infância nos prega uma peça: escrever sobre os 100 anos de existência, em Curitiba, do Colégio Nossa Senhora de Sion. Esta página é pequena para tanto, vamos nos ater aos fatos mais importantes na existência daquela escola.

Em meados do século 19, o padre Teodoro Ratisbonne, judeu convertido ao cristianismo, fundou a Congregação de Nossa Senhora de Sion. Esta congregação veio a se instalar no Rio de Janeiro no ano de 1889; logo na chegada as religiosas foram atacadas pela febre amarela, que vitimou quatro delas.

Aqui se faz uma certa confusão, pois em 1919 a congregação é recolhida de Curitiba para o Rio de Janeiro por ordem da superiora-geral, e a razão apresentada, nos registros do diário das irmãs de Curitiba, consta que uma epidemia de febre amarela atingiu as religiosas. Aqui no planalto curitibano nunca se ouviu existir algum registro de tal doença. Em 1919 a epidemia que assolou a cidade foi da gripe espanhola. Deixamos aqui este esclarecimento sobre o fato, talvez criado pelo ocorrido no Rio vinte anos antes.

A chegada das irmãs a Curitiba, vindas do Rio de Janeiro, deu-se no dia 11 de junho de 1906. Tem-se esta data como a de fundação do Colégio de Nossa Senhora de Sion em nossa capital. Durante os 13 primeiros anos, até 1919, funcionou no prédio de dois andares que existia na esquina da Rua XV de Novembro com a Conselheiro Laurindo, aonde mais tarde iria se instalar o Instituto Santa Maria.

As irmãs voltariam para Curitiba, a pedido de famílias que conheciam seus métodos de ensino, somente em 1938, quando então foi adquirida a propriedade que pertencera a Antônio Mattos Azeredo e estava sendo ocupada como sede do Automóvel Club. Local este, situado nas ruas Presidente Taunay e D. Pedro II, onde funciona até hoje.

Em 1942, o colégio passou a se chamar Ginásio de Nossa Senhora de Sion, em 1949 é criada a Escola Normal onde se formaram muitas das professoras que ao terminarem o curso ficaram exercendo a profissão no próprio local. Em 1976, a entidade voltou à denominação de Colégio NS de Sion.

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