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Após receber a bandeira quadriculada em primeiro lugar em Interlagos, Nico Rosberg diminuiu sua diferença na classificação do campeonato em relação ao líder, seu companheiro de equipe, Lewis Hamilton. Na corrida final da F-1, daqui a duas semanas, em Abu Dabi, Rosberg pode ser campeão desde que o inglês fique de terceiro lugar para trás.

Diante isso, perguntei ao alemão se ele considerava justo o sistema de pontos dobrados. Eis que a resposta foi um surpreendente: "não, considero algo artificial".

Este também foi o discurso de Hamilton, mas era esperado por ser o líder do campeonato. Mas no caso de Rosberg esta sinceridade mostra que a temporada de 2014 já está suficientemente emocionante para não depender de uma regra desportiva um tanto quanto questionável.

De fato, sabendo agora o resultado do GP Brasil de F-1, não seria necessário este artifício para deixar a corrida nos Emirados Árabes Unidos emocionante. Na verdade, quando a regra foi anunciada, é preciso lembrar que a F-1 vivia um domínio extremo da equipe Red Bull, com o quarto título seguido de Sebastian Vettel, e de uma maneira arrasadora, com algumas etapas de antecedência.

É claro que, comercialmente falando, é interessante para a F-1 ver um Mundial ser decidido na última etapa. Se for na última volta, melhor ainda. Mas a regra dobrada pode consagrar um campeão de forma "injusta" na visão dos próprios pilotos. Então, se os protagonistas pensam assim, é preciso ver se esta "artificialidade" veio para ficar ou será mais uma novidade de vida curta na F-1. Ela será decisiva em Abu Dabi, mas pelo menos tanto Hamilton quanto Rosberg fizeram por merecer o título de 2014.

Ontem, eles bateram o recorde de dobradinhas de uma mesma equipe em uma temporada, superando a mítica temporada de 1988 da McLaren com Ayrton Senna e Alain Prost. Lembro que, em uma das entrevistas antes da decisão do título entre o francês e o brasileiro, Prost brincava: será que não dá para ter dois campeões neste ano? Pelo clima dentro da Mercedes, certamente o espírito também é este.

Em uma batalha entre dois pilotos com o mesmo carro e com um time teoricamente equilibrado,, vai ganhar aquele que tiver a melhor pilotagem na corrida decisiva. Por isso, a decisão pode até parecer artificial com a nova regra. Mas certamente será uma das mais emocionantes da história da F-1.

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