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"Spa". Esta foi a resposta de Lewis Hamilton para minha pergunta sobre qual havia sido o ponto baixo da temporada que o consagrou bicampeão mundial de F-1. De fato, foi na corrida na Bélgica onde a guerra interna na Mercedes ficou "declarada", como escrevi aqui neste mesmo espaço em agosto.

Depois de disputas indiretas, a briga entre o inglês e seu companheiro de equipe engrenou de vez após a atrapalhada tentativa de ultrapassagem de Nico Rosberg sobre Hamilton. O alemão perdeu a vitória, ficando em segundo, mas o inglês teve destino pior, ficando sem pontos e 29 atrás na tabela.

Naquele momento, poucos poderiam imaginar que o divisor de águas da temporada seria justamente Spa. Houve, sim, uma indignação da imprensa inglesa contra Rosberg na entrevista logo após a corrida. E o ambiente na equipe era bastante tenso, como pudemos perceber na conversa que eu e outros jornalistas tivemos com Toto Wolf no motorhome da Mercedes em Spa.

Agora sabemos: foi justamente ali em que Hamilton começou a desenhar o ano de seu bicampeonato. Ele soube lidar melhor com todos os acontecimentos e emplacou uma incrível sequência de seis vitórias em sete corridas – só não ganhou em Interlagos. Assim, o título de 2014 ficou em ótimas mãos: venceu o melhor.

O inglês também disse que, depois de Spa, conseguiu reagir de uma forma "diferente" do que faria alguns anos atrás – mostrando que ele amadureceu e que lutou da maneira certa por seu espaço no time. Como será esta briga interna em 2015? Certamente Rosberg aprendeu algumas importantes lições neste ano, especialmente depois de Spa.

Para os brasileiros, a F-1 termina em alta: Felipe Massa foi um dos grandes destaque do GP de Abu Dabi e colocou a Williams em posição de lutar pela vitória – uma chance real, que o próprio Hamilton admitiu após a bandeirada.

A chegada de Felipe Nasr na Sauber ajudará a perpetuar a história de tradição de pilotos no Brasil em 2015. Sua carreira nas divisões de acesso, com muitas vitórias e títulos, enchem a torcida de esperança. Como Massa, começa no time suíço. Como Hamilton, estreia sob a pressão de jejum de títulos para os fãs de seu país. Que os dois primeiros colocados do GP de Abu Dhabi de 2014 possam inspirar os caminhos do estreante para o ano de 2015.

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